As odes de revertermos a situação climática para onde caminhamos parecem cada vez mais escassas e o aproximar do final da década deixa-nos cada vez com menos tempo.
A viragem do ano é sempre um momento para novos desejos, resoluções e para a crença de que algo será ainda melhor que no ano anterior. Por mais que seja uma viragem de dia, tal como tantos outros, este acaba por trazer consigo uma dose de esperança e positividade.
As odes de revertermos a situação climática para onde caminhamos parecem cada vez mais escassas e o aproximar do final da década deixa-nos cada vez com menos tempo. Mesmo estando ainda dentro do prazo estipulado pela ciência, as expectativas para 2025 não são as mais favoráveis. Neste novo ano, espera-se novos recordes nas temperaturas, eventos climáticos devastadores, possível perda de colheitas e maior degradação da qualidade de vida das populações mundiais.
Para além disso, este deveria ser o ano em que as emissões de gases com efeito de estufa iriam atingir o seu pico e começariam a descer progressivamente. No entanto, espera-se para 2025 o aumento do investimento em 60% em petróleo e gás por parte dos maiores produtores de petróleo mundiais. Ao mesmo tempo, os subsídios aos combustíveis fósseis continuam a alimentar esta indústria e o consumo de energia continua igualmente a crescer.
Este aumento de consumo é o reflexo do paradoxo de Jevons: à medida que a eficiência energética melhora, o consumo total de energia tende a aumentar em vez de diminuir. A maior eficiência reduz os custos e torna a energia mais acessível, incentivando um maior consumo. Assim, aumentar a eficiência energética ou transitar para fontes de energia mais limpas não será suficiente, a menos que sejam implementadas políticas públicas eficazes para controlar e redirecionar o consumo, especialmente nas nações mais ricas.
A ciência climática já nos deu o plano que temos que seguir, bem como os prazos que temos para o implementar. Os economistas do século XXI também já têm métodos como o decrescimento, que tornam essa mudança possível. Perante isto, como disse Albert Einstein, "insanidade é continuar a fazer a mesma coisa, esperando resultados diferentes".
E neste novo ano, temos a oportunidade de fazer diferente, mas apenas se deixarmos para trás as velhas expectativas de resultados promissores, mantendo os mesmos métodos dos anos transatos. O tempo escasseia e o relógio não para.
Depois do verão mais quente de sempre e dos mais recentes tsunamis geopolíticos, que têm comprometido a estabilidade global e os compromissos internacionais para o combate às alterações climáticas, esta organização traz consigo uma vontade redobrada de fazer cumprir os compromissos portugueses quer ao nível nacional e internacional.
Este descuido permitiu que os oligarcas da era digital minassem os sistemas económico e político, enquanto que a União Europeia tenta agora recuperar a autoridade que lhe escapou por entre os dedos.
As imagens apocalípticas dos incêndios parecem, assim, uma premonição do caos que se avizinha, especialmente tendo em conta que acontecem mesmo antes da tomada de posse de Donald Trump, um dos mais notórios promotores do negacionismo climático a nível internacional.
As odes de revertermos a situação climática para onde caminhamos parecem cada vez mais escassas e o aproximar do final da década deixa-nos cada vez com menos tempo.
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