Esta é uma capa que não queríamos fazer: o regresso da guerra à Europa. Trazemos-lhe ainda a história de Marcelino da Mata (herói ou vilão da guerra colonial?) e contamos-lhe a luta que oito antigos trabalhadores dos estaleiros de Viana do Castelo travam há já oito anos.
Trinta anos depois do início do conflito nos Balcãs, que levou à desagregação da Jugoslávia e causou 140 mil mortos, a guerra regressa à Europa. Para conhecer os de- senvolvimentos da invasão russa da Ucrânia, a SÁBADO preparou-lhe uma edição especial. Além de uma reportagem na Polónia com os refugiados, pode conhecer como pensa Putin; perceber como funciona a "democracia" muito própria dos russos; que consequências poderão as sanções trazer aos oligarcas; o impacto da guerra na economia portuguesa; e quais são as trocas comerciais entre Portugal e a Rússia.
Um nome que suscita polémica
O nome Marcelino da Mata remete para polémicas intermináveis sobre o passado, a guerra colonial e o PREC. O autor do novo livro sobre o mais condecorado militar português, Nuno Gonçalo Poças, que a editora-executiva Maria Henrique Espada entrevista esta semana, falou recentemente com um dos muitos filhos do ex-militar, e percebeu que mesmo a família está preocupada com a controvérsia – que regressa sempre que o nome é pronunciado – e com o eventual retrato do pai como vilão. Mas o livro, defende, não vende um vilão nem um herói. No fundo, retrata os dois ao mesmo tempo.
A lutar nos tribunais há oito anos
O jornalista Paulo Barriga falou com os oito antigos trabalhadores dos estaleiros de Viana do Castelo que continuam a contestar o despedimento coletivo e que lutam, há oito anos, nos tribunais. Coincidência, ou talvez não, conta o repórter, “o caso nunca foi a julgamento, nunca houve uma decisão do juiz, mas mandei um email para o tribunal e dali a quatro horas o juiz respondeu a dizer que vai dar despacho nos próximos 30 dias”. Quatro dos trabalhadores deram a cara, mas os outros, que arranjaram empregos nos últimos meses, preferiram não o fazer, para não arranjarem problemas com os novos patrões.
Maria Rueff a distribuir telexes
Antes de começar a entrevista, Maria Rueff confessou à jornalista Raquel Lito que estava preocupada com a situação na Ucrânia. Um conflito mundial seria terrível, diz, mas já sentiu os efeitos de uma guerra, quando viajou de Moçambique para Lisboa na descolonização. A atriz, que completa 50 anos a 1 de junho, faz um balanço da carreira, falando de fé, saúde, família e do humor. A conversa aconteceu no teatro Maria Matos, onde participa na peça Última Hora, que simula uma redação de um jornal. Nos tempos de estudante do conservatório, Maria Rueff trabalhou no Público, a distribuir telexes.
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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".