Com a pressão americana para que seja estabelecido um acordo de paz, o Presidente ucraniano coloca no povo ucraniano a decisão sobre o que fazer aos territórios ocupados.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu nesta quinta-feira levar a referendo a cedência de territórios que são atualmente ocupados pelos russos, depois da invasão de fevereiro de 2022.
Zelensky aborda divisões negociais sobre territórios controlados pelos russos
"Os russos querem toda a região do Donbas – e não aceitamos isso. (...) Acredito que o povo ucraniano vai responder a esta questão. Seja na forma de eleições ou de um referendo, o povo ucraniano tem uma palavra a dizer", disse o líder ucraniano, citado pela agência de notícias financeiras Bloomberg.
O controlo dos territórios atualmente controlados pelos russos, que representam cerca de 20% da Ucrânia e situam-se na zona leste do país, tem sido um dos pontos de discórdia para um acordo de paz.
Volodymyr Zelensky confirmou ainda que a Ucrânia enviou, na quarta-feira ao final do dia, um novo rascunho de um plano de paz, composto por 20 pontos. "Os americanos têm estado à procura do formato mais apropriado", sublinhou Zelensky sobre a mediação que está a ser feita pelos EUA. "Vamos ver como corre. Neste momento, acredito que muito depende do nosso exército".
Ainda esta semana, em pleno processo negocial, o Presidente dos EUA, Donald Trump, atirou mais pressão sobre a Ucrânia e Zelensky com declarações duras. "A Rússia está em vantagem. E sempre esteve. É muito maior e mais forte nesse sentido [em termos militares]. Dou um enorme crédito ao povo e às forças armadas da Ucrânia pela coragem e pela luta. Mas, no fim, o tamanho vai prevalecer – e esta é uma grande diferença de tamanhos", afirma o Presidente norte-americano, que instou Volodymyr Zelensky, líder ucraniano, a começar a aceitar algumas cedências - até porque "está a perder" a guerra.
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De qualquer maneira, os humanos, hoje, no século XXI, são já um mero detalhe em cima da Terra. Hoje há bilionários, máquinas e os anexos – os biliões de humanos que por aqui andam.
Num debate político talvez valesse a pena fazer uma análise de quem tem razão, quem conhece melhor o país, quem apresenta soluções exequíveis no âmbito dos poderes presidenciais, quem fala dos aspectos éticos da política sem ser apenas no plano jurídico.