A comunidade internacional já reagiu à morte do Santo Pontífice, que morreu na manhã de segunda-feira.
O Vaticano anunciou esta segunda-feira que oPapa Francisco morreuàs 7h35. A esta notícia têm-se seguido as reações d epesar de vários líderes mundiais.
papa tribuna basílicaStefano Spaziani/picture-alliance/dpa/AP Images
Um dos primeiros a reagir foi o primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, que através da rede social X, partilhou que o "Papa Francisco foi, em todos os sentidos, um homem do povo", chamando atenção para o "seu estilo de vida sóbrio, actos de serviço e compaixão" que faziam dele "um modelo para todos católicos e não católicos".
O presidente de Israel, Isaac Herzog, também expressou a suas "profundas condolências pela perda do pai espiritual" da comunidade cristã" fazendo alusão à guerra em Gaza. "Espero que as suas orações pela paz no Médio Oriente e pelo regresso dos homens e mulheres raptados sejam atendidas em breve."
Na Alemanha, o próximo chanceler, Friedrich Merz, relembrou o Papa "pelo seu incansável empenhamento a favor dos mais fracos da sociedade, da justiça e da reconciliação, a humildade e a fé na misericórdia de Deus guiaram-no neste objetivo".
Na terra natal do Papa, Argentina, o gabinete da presidência emitiu uma declaração durante a manhã de segunda-feira. Nela, lamenta a morte de Jorge Mario Bergoglio, "que em 2013 se tornou o primeiro argentino a liderar a Igreja Católica e a conduzi-la com dedicação e amor desde o Vaticano", sublinhando "a luta incansável do papado de Francisco para proteger a vida desde a sua conceção, promover o diálogo inter-religioso e levar a vida espiritual e virtuosa entre os mais jovens". "Requiem aeternam dona ei Domine, et lux perpetua luceat ei. Resquiescat in pace", conclui a presidência com uma oração em latim utilizada para expressar um pedido de paz eterna e luz divina ao falecido.
Em Portugal, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, partilhou uma imagem com o Papa Francisco antes da sua última visita a Portugal durante a Jornada Mundial da Juventude em 2023. "Lembro-me como se fosse hoje as primeiras palavras que o Papa Francisco me dirigiu: "Obrigada pela tua resistência, obrigado aos lisboetas". Desde então tornou-se no Papa que ficará sempre no coração de Lisboa. Em Lisboa saberemos honrar o seu legado, o legado do Papa da esperança".
O Rei Carlos III de Inglaterra partilhou através do X as suas condolências, duas semanas depois de ter visitado Itália, o Vaticano e o Santo Pontífice com a Rainha Camila. "Os nossos corações pesados ficaram mais aliviados ao saber que a Sua Santidade pôde partilhar uma saudação pascal com a Igreja e o mundo que serviu com tanta devoção ao longo da sua vida", diz o comunicado.
"Sua Santidade será recordado pela sua compaixão, pela sua preocupação com a unidade da Igreja e pelo seu incansável empenhamento nas causas comuns a todas as pessoas de fé e àqueles de boa vontade que trabalham em benefício dos outros", nota o líder da Igreja inglesa.
Karin Keller-Sutter, presidente da Suíça, partilhou no X uma fotografia do Santo Pontífice sorridente, com a descrição "Era um grande líder espiritual, um incansável defensor da paz, e o seu calor humano era um conforto não só para os católicos".
Em Itália, a primeira-ministra Giorgia Meloni expressa a sua tristeza, "deixa-nos um grande homem e um grande pastor", relembrando os seus momentos como Santo Pontífice: "Tive o privilégio de desfrutar da sua amizade, dos seus conselhos e dos seus ensinamentos, que nunca falharam, mesmo nos momentos de provação e de sofrimento".
"Nas meditações da Via Sacra, recordou-nos a força do dom, que faz renascer tudo e é capaz de reconciliar o que, aos olhos do homem, é inconciliável. E pediu ao mundo, mais uma vez, a coragem de uma mudança de rumo, de percorrer um caminho que "não destrói, mas cultiva, repara, guarda". É nessa direção que caminharemos, para procurar o caminho da paz, perseguir o bem comum e construir uma sociedade mais justa e equitativa", conclui a líder italiana.
Pedro Nuno Santos, líder do Partido Socialista, expressou as suas condolências também em nome do PS, relembrando que era "um Papa dos pobres, dos excluídos, dos que não têm voz" assim como "um defensor incansável do ambiente, da solidariedade entre os povos e da necessidade de uma economia mais justa". "Que a sua memória continue a inspirar todos aqueles que acreditam num mundo mais humano, mais justo e mais fraterno", concluiu.
A coordenadora do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua relembrou através de uma publicação no X os pedidos de Francisco nos seus últimos dias de vida, que incluem a paz, "o cessar-fogo em Gaza" e a "corrida ao armamento". Ao longo do seu papado condenou ainda "o ódio contra imigrantes e a "economia que mata", fez opção pelos pobres e pelo cuidado da Terra, casa comum".
Luís Montenegro também já expressou as suas condolências. O primeiro-ministro partilhou através do X uma fotografia com o líder da Igreja Católica na sua visita a Lisboa durante a Jornada Mundial da Juventude. "Francisco foi um Papa extraordinário, que deixa um singular legado de humanismo, empatia, compaixão e proximidade às pessoas", disse o líder do PSD. "A melhor forma de honrar o seu tributo será seguirmos no dia-a-dia, nas nossas diferentes atividades, os seus ensinamentos e o seu exemplo", concluiu.
O último líder internacional a encontrar-se com o Papa, o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, relembra que ficou "feliz por o ter visto ontem, embora ele estivesse obviamente muito doente", lembrando-o "pela homilia que fez nos primeiros tempos da Covid. Era realmente muito bonita".
O Presidente da França, Emmanuel Macron, relembrou as raízes do Papa e o seu intuito. "De Buenos Aires a Roma, o Papa Francisco quis que a Igreja levasse alegria e esperança aos mais pobres", diz. "Que esta esperança ressuscite incessantemente para além dele".
Na Rússia, o Patriarca Kirill de Moscovo afirmou que o Papa desempenhou um papel significativo no desenvolvimento dos contactos entre a Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Católica, segundo a agência noticiosa Reuters. Em julho de 2024 o Papa recebeu o metropolita ortodoxo russo Antonij de Volokolamsk no Vaticano depois de inúmeros apelos do Santo Pontífice à paz na guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Volodymyr Zelensky, o presidente ucraniano, partilhou uma fotografia com Sua Santidade e relembrou os momentos em que o Papa Francisco rezou pela paz na Ucrânia. "Sabia como dar esperança, aliviar o sofrimento através da oração e promover a unidade. Rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos", diz uma publicação do X. "Estamos de luto juntamente com os católicos e todos os cristãos que olhavam para o Papa Francisco para apoio espiritual", concluiu.
O principal clérigo muçulmano do Egito lamentou a morte do seu "irmão", Papa Francisco e expressou as suas condolência através de um comunicado, diz a agência noticiosa Associated Press. "O Papa Francisco foi um ícone humanitário do mais alto calibre, não poupando esforços para servir a mensagem da humanidade", disse o imã Ahmed al-Tayeb, relembrando que a relação entre o mundo do Islão e o Vaticano foi desenvolvida sob o seu papado.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, também expressou as suas condolências, relembrando o Papa como "um mensageiro da esperança, humildade e humanidade". Em comunicado partilha que a sua santidade "foi uma voz transcendente em prol da paz, da dignidade humana e da justiça social".
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