O alegado cúmplice da também ucraniana Natalia Vovk é Bogdan Tsiganenko.
O Serviço de Segurança Federal Russo (FSB) identificou um segundo ucraniano suspeito de envolvimento no atentado bombista que matou a jornalista russa Daria Dugina em 20 de agosto, noticiaram hoje as agências russas.
Alexander Dugin ao lado do caixão da filhaREUTERS/Maxim Shemetov
Trata-se de Bogdan Tsiganenko, alegado cúmplice da também ucraniana Natalia Vovk, que o FSB já tinha identificado como a presumível autora do atentado.
Tsiganenko entrou na Rússia em 30 de julho, via Estónia, e deixou o país na véspera do atentado bombista que matou a filha do filósofo ultranacionalista Alexander Dugin, considerado o ideólogo do Presidente russo, Vladimir Putin.
"Forneceu a Vovk matrículas e documentos falsos de automóveis em nome de Yulia Zaiko, uma cidadã real do Cazaquistão", disse o FSB num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
Juntamente com Vovk, Tsiganenko preparou o engenho explosivo usado no atentado "numa garagem alugada no sudoeste de Moscovo", acrescentou o FSB, que sucedeu à agência soviética KGB.
Os serviços de segurança divulgaram imagens de vídeo da entrada de Tsiganenko no país, bem como ao volante do carro que Vovk conduziu em Moscovo e no qual deixou a Rússia com a filha no dia seguinte ao ataque.
Segundo o FSB, Vovk chegou à Rússia em 23 de julho, com a filha de 12 anos, e alugou um apartamento no mesmo edifício onde vivia Daria Dugina.
A jornalista morreu na explosão de uma bomba colocada na parte inferior do carro que conduzia numa estrada próximo de Moscovo.
As autoridades russas acusaram os serviços secretos ucranianos da responsabilidade pelo atentado, o que o Governo de Kiev negou veementemente.
Milhares de pessoas assistiram ao velório de Dugina, que foi condecorada por Putin com a Ordem de Valor, a título póstumo.
Putin qualificou o assassínio da jornalista de 29 anos como um crime "vil e cruel".
Líder do Movimento Eurasiático, Alexander Dugin, 60 anos, tem sido descrito no Ocidente como "cérebro de Putin" e "guia espiritual" da invasão da Ucrânia, embora se desconheça se mantém contactos com o líder russo.
Apoiante da invasão da Ucrânia, como o pai, Daria Dugina foi alvo de sanções das autoridades norte-americanas e britânicas, que a acusaram de contribuir para a desinformação em relação à guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro.
Numa entrevista em maio, descreveu a guerra na Ucrânia como um "choque de civilizações" e manifestou orgulho por ela e o pai terem sido sancionados pelo Ocidente, segundo a estação pública britânica BBC.
Alexander Dugin também foi alvo de sanções dos Estados Unidos em 2015, na sequência da anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia, em 2014.
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