"Esperamos que esse processo abra novos horizontes políticos para nós, mas acima de tudo, horizontes financeiros", afirmou a vice-primeira-ministra ucraniana.
A vice-primeira-ministra da Integração Europeia e Euro-Atlântica da Ucrânia, Olga Stefanishina, disse ter esperança de que o país possa tornar-se candidato à adesão à União Europeia (UE) em junho.
REUTERS/Janis Laizans
"Esperamos que, na cimeira dos líderes da União Europeia em junho deste ano, a Ucrânia se torne candidata à adesão, e que esse processo abra novos horizontes políticos para nós, mas acima de tudo, horizontes financeiros", disse, segundo a agência de notícias Interfax.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu na sexta-feira ao Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a concretização de um relatório "em semanas" sobre a candidatura do país de adesão à UE.
"Este é um passo importante para chegar à UE", disse Von der Leyen a Zelensky quando lhe entregava o documento com as perguntas que terão de ser respondidas por Kiev, passo necessário para o início do processo.
A chefe do executivo comunitário garantiu ao chefe de Estado ucraniano que a análise da candidatura por parte da Comissão "não vai ser, como sempre, uma questão de anos, mas antes de semanas".
Iniciativas semelhantes de países dos Balcãs ocidentais tiveram de esperar, no mínimo, meses para o início do mecanismo após o seu pedido de adesão.
Há provas de crimes de guerra russos, diz Zelensky
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que o serviço de segurança do país intercetou comunicações de tropas russas que fornecem provas de crimes de guerra.
"Há soldados a conversar com os seus pais sobre o que roubaram e quem raptaram. Há gravações de prisioneiros de guerra que admitiram matar pessoas", disse Zelensky, num excerto de uma entrevista ao programa "60 Minutes" da CBS, que foi para o ar na sexta-feira.
"Há pilotos na prisão que tinham mapas com alvos civis a bombardear. Também há investigações que estão a ser conduzidas com base em restos mortais", disse ele, numa tradução fornecida pela televisão norte-americana.
Zelensky disse que "todos que tomaram uma decisão, que emitiram uma ordem, que cumpriram uma ordem" são culpados de crimes de guerra.
Questionado sobre se responsabiliza o Presidente russo Vladimir Putin, o líder ucraniano disse: "Acredito que ele seja um deles".
O gabinete da procuradora-geral ucraniana Iryna Venediktova está a investigar mortes em Bucha, na região administrativa de Kiev, e outras baixas em massa com civis, como possíveis crimes de guerra.
No passado fim de semana, foram encontrados em Bucha centenas de civis mortos nas ruas e em valas comuns, após a retirada dos militares russos.
Na sexta-feira, um ataque a uma estação ferroviária em Kramatorsk, no leste ucraniano, provocou pelo menos 50 mortos, incluindo cinco crianças, de acordo com as autoridades locais, que lembram que milhares de pessoas se encontraram no local para fugirem da região.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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