Sábado – Pense por si

Trump acaba com assinaturas do New York Times e Washington Post pelo seu governo

25 de outubro de 2019 às 07:18
As mais lidas

O presidente norte-americano, que ataca os jornalistas com frequência, designando-os por "inimigos do povo", decidiu terminar com as assinaturas feitas pela Casa Branca dos dois diários e acabar com a sua distribuição na sede da presidência dos EUA e nas agências governamentais.

O presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu terminar com as assinaturas feitas pela Casa Branca dos diários New York Times e Washington Post, e acabar com a sua distribuição na sede da presidência dos EUA e nas agências governamentais.

"Não renovámos as nossas assinaturas", declarou na quinta-feira à AFP a porta-voz do presidente norte-americano, Stephanie Grisham, acrescentando que esta decisão "vai representar economias substanciais para os contribuintes".

Donald Trump ataca os jornalistas com frequência, designando-os por "inimigos do povo".

Na segunda-feira, na estação televisiva Fox News, Trump tornou a atacar, como faz frequentemente, o New York Times. "Não o queremos na Casa Branca. Vamos acabar com a assinatura, bem como a do Washington Post", avançou.

"Eles são falsos", acrescentou então.

Stephanie Grisham especificou, em declarações feitas ao Wall Street Journal, que a Casa Branca ia exigir a todas as agências federais que, também elas, colocassem um fim às suas assinaturas destes dois títulos.

"Estou convencido de que os jornalistas do New York Times e do Washington Post vão continuar a fazer jornalismo de qualidade sem se preocuparem em saber se o presidente admitiu que os leu", reagiu Jonathan Karl, presidente da Associação dos Correspondentes na Casa Branca.

"Fazer questão de ignorar o trabalho da comunicação social não vai fazer desaparecer a informação, nem impedir os jornalistas de informar o público e exigir que os que estão no poder prestem contas", acrescentou.

Urbanista

A repressão nunca é sustentável

Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.