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Tribunal do Egipto condena 133 opositores a penas entre 10 a 15 anos de prisão

31 de julho de 2017 às 21:35
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O tribunal condenou 133 alegados membros da Irmandade Muçulmana

O Tribunal penal de Zagazig, no delta do Nilo, condenou hoje 133 alegados membros da Irmandade Muçulmana a penas entre 10 a 15 anos de prisão, em três casos diferentes, informou a agência noticiosa estatal Mena.

No primeiro caso, o tribunal condenou 46 membros do grupo, considerado "organização terrorista" pelo regime, a 15 anos de prisão por "incitamento à violência" e "aterrorizar os civis", enquanto outros 18 foram declarados inocentes.

No segundo, o tribunal sentenciou 59 membros da formação islamita a dez anos de prisão por destruição de veículos policiais e distribuição de panfletos que "instigam à violência contra a polícia, exército e outras instituições do Estado".

Por último, o juiz emitiu um veredicto num terceiro caso, no qual 28 outros seguidores da confraria foram condenados a dez anos de prisão por acusações semelhantes e por "resistência às autoridades".

Todos os condenados pertencem supostamente ao grupo islamita, declarado "terrorista" em 2013 na sequência do golpe de Estado de 03 de julho contra o ex-presidente Mohamed Morsi, um dos líderes desta formação política.

Ainda hoje, um tribunal penal de Qena, sul do Egito, também condenou a dez anos de prisão 32 alegados membros da Irmandade pelo assalto a um edifício da câmara desta localidade.

Nos meses que se seguiram ao golpe, o movimento de contestação foi duramente reprimido com um balanço de milhares de mortos, detidos ou desaparecidos, enquanto prosseguem os julgamentos em massa dos indiciados por envolvimento nas manifestações contra o golpe militar, frequentemente denunciados por ONG locais e internacionais devido a numerosas irregularidades.

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