Um tribunal dos Países Baixos decidiu autorizar a manutenção do recolher obrigatório, contrariando uma sentença anterior, que exigiu o levantamento imediato da medida.
Um tribunal dos Países Baixos decidiu hoje autorizar o Governo a manter o recolher obrigatório até à próxima sexta-feira, contrariando uma sentença anterior, que exigiu o levantamento imediato da medida, considerando-a ilegítima.
Holanda coronavirusEPA/ROBIN VAN LONKHUIJSEN
A decisão, tomada menos de 20 minutos após o recolher obrigatório ter entrado em vigor, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), permite ao Governo holandês procurar outra alternativa legal para implementar esta medida de prevenção contra a covid-19 num processo legislativo regular, antes da próxima sexta-feira, dia em que um juiz se pronunciará sobre o conteúdo do recurso apresentado hoje pelo Estado holandês sobre a legitimidade da medida.
O Governo de Mark Rutte enfatizou a importância de manter a medida para conter as infeções pelo SARS-CoV-2 no país, numa situação de emergência, e explicou que o juiz que considerou o recolher obrigatório ilegítimo colocou o seu próprio julgamento acima do dos peritos da Equipa de Gestão de Surtos, entidade que tem aconselhado o executivo durante a pandemia, bem como o Pparlamento holandês, que deu o seu apoio por maioria à medida.
Numa decisão que deu razão ao grupso 'Viruswaarheid' (Verdade Sobre o Vírus), que se opõe às medidas de combate à covid-19, um tribunal explicou, ao início do dia de hoje, que tinha sido utilizada uma lei especial, que dá a opção de impor um recolher obrigatório "em circunstâncias muito urgentes e excecionais, sem primeiro ter de passar por um processo legislativo", uma urgência que considerou não ser o caso desta medida.
"O recolher obrigatório não implica a emergência especial necessária para poder fazer uso" dessa lei especial, deliberou, concluindo que o Poder Extraordinário da Lei da Autoridade Civil foi decretado para situações "como é o caso, por exemplo, da rutura de uma barragem", uma emergência que a justiça local não aprecia na introdução desta restrição, o que faz com que "o uso desta lei para impor o recolher obrigatório não seja legítima".
Antes de contestar esta decisão, à tarde, o primeiro-ministro cessante, Mark Rutte, instou os holandeses a respeitarem o recolher obrigatório, para evitar "um impacto grave na luta contra o coronavírus", mesmo que não conseguisse que o tribunal anulasse a decisão que suspende de imediato esta restrição.
Mark Rutte sublinhou que o facto da decisão do recolher obrigatório "não ter a base legal correta, não significa que não seja necessário" para manter "o vírus sob controlo".
Tribunais holandeses divididos sobre legalidade do recolher obrigatório
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Nenhuma tecnologia, por mais avançada, pode compensar a falta de consciência e responsabilidade humana. O erro humano continua a ser a principal causa de incidentes de segurança — e isso não resulta de má-fé, mas de desinformação e hábitos incorretos.
Raul Proença denunciaria o golpe de 28 de Maio como «um verdadeiro acto de alta traição» no panfleto «A Ditadura Militar. História e Análise de um Crime».
O que se tem pedido aos polícias nos aeroportos é que se transformem em técnicos de informática, tradutores, assistentes de turismo e até operadores de máquinas de reconhecimento facial. Isto não é função policial.