
Trump quer reunir-se com Putin e Zelensky
Segundo a porta-voz da presidência norte-americana, Karoline Leavitt, "os russos manifestaram o desejo de se reunir" com o Presidente norte-americano.
Segundo a porta-voz da presidência norte-americana, Karoline Leavitt, "os russos manifestaram o desejo de se reunir" com o Presidente norte-americano.
Medida já foi comunicada por telefone ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e este declarou estar "muito grato aos Países Baixos" pelo pacote de apoio militar.
Membros da NATO vão discutir, numa reunião online, o lançamento de uma "campanha de 50 dias", cumprindo o prazo porposto por Trump, para que sejam enviadas mais armas para a Ucrânia e que o presidente russo seja forçado a sentar-se à mesa de negociações.
"É um processo longo, requer esforço e não é fácil", disse hoje o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
O presidente norte-americano anunciou ainda que países europeus vão comprar armas aos EUA para utilizar na Ucrânia.
Aí está um dos mais belos limites do mais poderoso humano hoje: Trump não pode fazer cair chuva nem fazer sol, pela manhã, com um decreto. A natureza a dar o exemplo.
Portugal terá de gastar mais em Defesa? Sim, mas não cumprirá a meta brutal de pôr os gastos nos 5% do PIB, o dobro do que gasta hoje em Educação.
Ao divulgar uma mensagem particular, Trump fez uma espécie de divulgação de um vídeo íntimo caseiro, entre ele próprio e Mark Rutte, secretário-geral da NATO. Não era vídeo, é certo, mas era caseiro e bem íntimo.
Pergunto aos bravos do pelotão que caminho devia ter a NATO e a Europa seguido. Recusar os 5%? Anunciar, alto e bom som, que a protecção militar americana já não é bem-vinda? Condenar Moscovo e aproveitar o embalo para substituir a ajuda militar de Washington com equipamento e até soldados europeus?
A degradação louvaminha da linguagem desqualifica o político, tanto quanto a grosseria altaneira, mas esta fatalidade escapa por completo ao secretário-geral da NATO.
No último dia da cimeira da NATO em Haia, nos Países Baixos, esta quarta-feira, Trump afirmou que foi um "grande dia" para a Aliança.
"Portugal está preparado para ser parte de uma cimeira que marca uma nova fase, que garante a unidade da NATO, que garante a solidariedade entre Europa, EUA e Canadá", disse.
O secretário-geral da NATO rejeitou que a recusa de Espanha em ir além dos 2% de investimento quebre a unidade da organização político-militar.
O Presidente americano tornou o mundo mais volátil, tanto ao afastar-se dos seus aliados tradicionais, chamando a UE "inimiga", como ameaçando travar "guerras comerciais" com a China.
"O compromisso de 5% pode muito bem ter o mesmo destino que os de 2%, em que alguns aliados cumprem o objetivo enquanto outros ficam aquém", diz membro da NATO.
Os portugueses demonstraram-se menos preocupados sobre uma eventual invasão russa do país (54%) e o desmembramento da UE ou da NATO (65% e 66%, respetivamente).