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Terminou chamada entre Trump, Zelensky e UE. Pode vir aí encontro trilateral

Presidente francês afirmou que os EUA vão "lutar" por um encontro entre Trump, Zelensky e Putin.

Terminou a videochamada entre os EUA,  vários líderes europeus e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Antes Zelensky esteve reunido apenas com os líderes europeus. Estas reuniões têm como pano de fundo o encontro entre Putin e Trump, que se vai realizar sexta-feira, no Alasca.

Zelensky e o Chanceler alemão
Zelensky e o Chanceler alemão John MacDougall/Pool Photo via AP

Depois da reunião, o presidente francês, Emmanuel Macron, adiantou que o homólogo norte-americano, Donald Trump, vai "procurar" um encontro que junte os presidentes ucraniano e russo e ele próprio. "Penso que este é um ponto muito importante. Esperamos que possa vir a ter lugar na Europa, num país neutro que seja aceite por todas as partes."

Macron garantiu ainda que Trump vai dar prioridade a um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia e que Trump deixou claro que "problemas territoriais em relação à Ucrânia... só vão ser negociados com o presidente ucraniano", refere a Associated Press.

Também a presidente da Comissão Europeia reagiu, no final do telefonema, na rede social X. "Juntos, o presidente dos EUA, Volodymyr Zelensky e outros líderes europeus, tivemos uma boa chamada. Trocámos ideias a propósito do encontro bilateral que vai decorrer no Alasca. Hoje a Europa, os EUA e a NATO reforçaram os pontos em comum pela Ucrânia. Vamos permanecer um coordenação estreita. Ninguém que mais a paz do que nós, uma paz justa e duradoura", .

O chanceler alemão, Friedrich Merz, classificou o encontro de "construtivo". Merz falou aos jornalistas ao lado do presidente ucraniano e admitiu que "decisões importantes" podem vir a ser tomadas no encontro bilateral de sexta-feira, mas ressalvou que "os interesses fundamentais de segurança da Europa e da Ucrânia têm de ser protegidos".

Esta videoconferência foi marcada depois de Trump e Putin terem anunciado um encontro bilateral. O porta-voz do governo alemão referiu mesmo que estas reuniões de hoje tinham a intenção de "deixar clara a posição da Europa".