"Estou consciente do que represento e do que estou a defender", declarou a líder italiana na antevéspera de se deslocar à Casa Branca para uma reunião focada na disputa comercial em curso entre EUA e UE.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, garantiu hoje que não sente "qualquer pressão" antes da visita a Washington para um encontro com o Presidente norte-americano, Donald Trump, em plena guerra comercial, afirmando que fará o seu melhor.
REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
"Faremos o nosso melhor. Estou consciente do que represento e do que estou a defender", declarou a líder do Governo italiano de direita e extrema-direita, durante um evento em Roma, na antevéspera de se deslocar à Casa Branca para uma reunião com Trump focada na disputa comercial em curso entre Estados Unidos e União Europeia (UE).
Intervindo na cerimónia de atribuição dos Prémios Leonardo -- que distingue empresários cujas empresas se tenham destacado na promoção da marca Itália no mundo --, Meloni afirmou ter noção de que este "é um momento difícil".
"Vamos ver como corre nas próximas horas. Já ultrapassámos obstáculos muito piores", afirmou perante uma plateia composta por altos representantes institucionais e membros da comunidade empresarial italiana, numa clara alusão à sua deslocação a Washington, que ocorre num momento de acentuadas tensões comerciais, depois dos anúncios de Trump de imposição de taxas de 25% para o aço, o alumínio e os automóveis europeus e de 20% em tarifas recíprocas ao bloco comunitário.
No entanto, a suspensão das tarifas recíprocas à Europa por 90 dias, entretanto anunciada pelos Estados Unidos, que levou a UE a suspender por igual período as tarifas de 25% a produtos norte-americanos que adotara como resposta, abriu uma janela diplomática e de negociação que a primeira-ministra italiana quer aproveitar para se assumir como a intermediária de eleição da administração norte-americana na Europa, um objetivo há muito assumido por Roma.
Meloni, uma das poucas figuras políticas europeias próximas do Presidente norte-americano -- foi a única chefe de Governo da UE a estar presente na tomada de posse de Trump em janeiro passado -, realiza uma "visita oficial de trabalho" a Washington na quinta-feira, em busca de um compromisso de "tarifas zero" para bens industriais nas trocas comerciais entre ambos os blocos.
A líder italiana irá regressar de imediato a Roma para, na sexta-feira, receber o vice-presidente norte-americano, JD Vance.
Vários responsáveis europeus já advertiram contra iniciativas bilaterais nas negociações com os Estados Unidos que comprometam a unidade europeia, mas o Governo italiano garante que Meloni "não vai a Washington para minar o processo europeu, mas para usar a sua boa relação [com Trump] para ajudar a facilitar uma negociação europeia".
Na segunda-feira, um porta-voz da Comissão Europeia, lembrando que a negociação de acordos comerciais é da competência exclusiva do executivo comunitário, mas sustentando que todos os contactos são bem-vindos, garantiu que a presidente da Comissão, Ursula Von der Leyen, tem estado em "contacto regular" com Meloni em relação a esta missão aos Estados Unidos.
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