Vadim Shishimarin, soldado russo de 21 anos que matou Oleksandr Shelipov, foi condenado a prisão perpétua por um tribunal ucraniano.
Um tribunal ucraniano condenou um soldado russo à prisão perpétua por matar um civil ucraniano de 62 anos a tiro enquanto este andava de bicicleta. Esta condenação encerra o primeiro julgamento por crimes de guerra cometidos durante a invasão russa.
REUTERS/Viacheslav Ratynskyi
Já na semana passada, Vadim Shishimarin se tinha declarado culpado pela morte do civil e pedido desculpa à viúva. Hoje, e apesar de na sexta-feira o seu advogado tenha pedido para que fosse absolvido sob a alegação de que apenas estava a cumprir uma ordem, foi condenado a uma pena de prisão perpétua.
O juiz afirmou que embora Vadim Shishimarin tenha cooperado com a investigação e expressado remorsos, o tribunal não podia aceitar a sua explicação em como não pretendia matar Oleksandr Shelipov quando disparou contra ele.
A Ucrânia assinalou que o julgamento de soldados russos por crimes de guerra cometidos na Ucrânia é uma prioridade. A procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, avançou estar a preparar 40 casos relacionados com crimes de guerra que podem ser julgados em breve. As autoridades ucranianas declaram já ter registado mais de 10 mil crimes de guerra em todo o país. Segundo juristas, avançar com julgamentos enquanto o conflito decorre é extremamente incomum e pode violar elementos da Convenção de Genebra.
Vadim Shishimarintem 21 anos e é natural de Ust Illyinkk, na região do sudeste da Rússia. No dia em que matou Oleksandr Shelipov, terá fugido com um grupo de soldados num carro roubado e quando passaram pelo ucraniano, um soldado ordenou que Vadim Shishimarin disparasse para que não houvesse provas da sua passagem por aquela vila.
A mãe do soldado russo que foi condenado deu umaentrevista à agência de notícias independente russa Meduza. Afirma que o filho era um jovem carinhoso e gentil que se juntou ao exército devido à falta de oportunidades existentes na sua cidade natal e para ajudar a sustentar a família depois do seu padrasto ter sido assassinado no ano passado.
Contou que a última vez que estiveram em contacto foi no final de fevereiro, e que Vadim Shishimarin lhe disse que iria ficar uma semana sem a contactar porque "tinha de desistir". "Se alguém te disser que eu fui para a Ucrânia não acredites", afirmou.
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