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Síria: Netanyahu quer relações com as novas autoridades sírias, mas sem Irão

Na mensagem, Netanyahu deixou claro que Israel não tem qualquer intenção de interferir nos assuntos internos da Síria, mas que fará "o que for necessário" para a sua segurança.

O primeiro-ministro israelita disse esta terça-feira, 10, pretender relações com as novas autoridades sírias, mas advertiu os insurgentes que, se permitirem que o Irão restabeleça presença no país, terão o mesmo destino do deposto Bashar al-Assad.

"Queremos ter relações com o novo regime da Síria. Mas, se este regime permitir que o Irão se restabeleça na Síria ou permitir a transferência de armas iranianas ou de qualquer outro tipo para o Hezbollah, ou nos atacar, responderemos com a força", disse Benjamin Netanyahu a partir de Telavive.

"O que aconteceu com o antigo regime também acontecerá com este", acrescentou na mensagem, gravada nas ruas de Telavive após comparecer pela primeira vez no tribunal no âmbito do julgamento de que é alvo sob acusações de corrupção.

A mensagem surge depois de o exército israelita ter confirmado que, nos últimos dias, destruiu mais de 70% das capacidades militares estratégicas do antigo governo de Bashar al-Assad na Síria, incluindo depósitos de mísseis, aviões de combate, tanques e radares.

Na mensagem, Netanyahu deixou claro que Israel não tem qualquer intenção de interferir nos assuntos internos da Síria, mas que fará "o que for necessário" para a sua segurança.

Confirmou também a autorização para que os aviões israelitas destruam as "capacidades militares estratégicas" de al-Assad, asilado em Moscovo, para evitar que "caiam nas mãos dos jihadistas".

O exército israelita estimou hoje ter destruído cerca de 320 "alvos estratégicos" de Damasco a Tartus.

Entretanto, as forças israelitas negaram categoricamente relatos de um alegado avanço dos seus tanques em direção a Damasco, afirmando que as forças permanecem dentro da zona desmilitarizada no sul do país, onde foram posicionadas no início da manhã de domingo, e em algumas áreas adjacentes, tanto do lado israelita como do lado sírio da fronteira.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, reiterou hoje que as tropas israelitas pretendem criar uma zona de segurança, livre de armas pesadas, além da atual zona desmilitarizada que Israel e a Síria acordaram no seu acordo de desarmamento de 1974.

REUTERS/Shir Torem
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