Casa Branca defendeu a sua decisão de suspender as negociações, acusando Moscovo de tentar bombardear civis "até à submissão"
Os EUA anunciaram, esta segunda-feira, que suspenderam as relações bilaterais com a Rússia relativamente ao conflito na Síria. Em comunicado, Washington acusou Moscovo de não cumprir os compromissos que assumiu relativamente ao acordo de cessar-fogo, que tinha como objectivo facilitar a chegada de ajuda humanitária às populações afectadas pela guerra, principalmente em Aleppo.
"Os EUA suspenderam a sua participação nas conversações bilaterais com a Rússia que foram criadas para sustentar o cessar-fogo", disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano Jonh Kirby, em comunicado. "A Rússia e o regime sírio escolheram prosseguir uma via militar", frisou o representante da diplomacia norte-americana, acrescentando que "não se tratou de uma decisão tomada de ânimo leve".
Horas depois, a Casa Branca defendeu a sua decisão de suspender as negociações, acusando Moscovo de tentar bombardear civis "até à submissão". "A paciência de todos com a Rússia esgotou-se, já não há mais nada de que os Estados Unidos e a Rússia possam falar" sobre a Síria, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, classificando isso como "trágico".
Os EUA indicaram também que desistem de ter um centro de coordenação militar conjunto com a Rússia para combater os grupos jihadistas, uma medida que também estava prevista no acordo russo-norte-americano firmado em Setembro.
A Rússia e os Estados Unidos acusam-se mutuamente de serem responsáveis pelo fracasso da trégua, depois de os ataques aéreos russos e sírios sobre a parte rebelde de Aleppo terem sido retomados em força há 11 dias. Tais raids destruíram, esta segunda-feira, totalmente o maior hospital daquele sector rebelde.
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