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Reino Unido mantém Portugal na lista de países seguros para viajar

03 de setembro de 2020 às 17:40
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Britânicos anunciaram que não irão adicionar ou retirar qualquer país à sua lista de territórios com permissão para viajar sem necessidade de quarentena.

Portugal vai continuar na lista de países considerados "seguros" pelo Reino Unido e, assim, também não será adicionado à "lista negra" dos corredores aéreos britânicos.

Nas redes sociais, o secretário de Estado dos Transportes do Reino Unido, Grant Shapps, anunciou que nenhum país vai ser retirado ou adicionado esta quinta-feira à lista de locais com permissão para viajar sem necessidade de quarentena do país.

No countries removed or added to the list of Travel Corridors for England today https://t.co/DATkJ0esMP

A decisão surge numa altura em que Portugal tem testemunhado uma subida de casos de Covid-19 durante as últimas duas semanas, ultrapassando esta quinta-feira os 400 casos pela segunda vez neste período.

O ministro alertou ainda os turistas de que "os países com quarentena de 14 dias podem mudar e mudam num prazo muito curto". 

A imprensa britânica começou a especular esta semana sobre a possibilidade de Portugal e Grécia serem excluídos da lista dos países com "corredores de viagem" que estão isentos de quarentena na chegada ao Reino Unido. 

A própria ministra da Saúde, Marta Temido, reconheceu na quarta-feira que os casos de covid-19 estão a aumentar em Portugal e que existe um maior risco de transmissão da doença.

"Os números da nossa situação epidémica estão a subir. Estão a subir desde há uma semana e situam-se agora em cerca de 340 novos casos diários. Esta é uma realidade", afirmou na conferência de imprensa de atualização da situação da pandemia de covid-19 em Portugal. 

Portugal só foi incluído na lista dos países com "corredores de viagem" com o Reino Unido há duas semanas, a 20 de agosto, apesar da pressão do governo português e do setor do turismo sobre as autoridades britânicas.

Na altura, o ministro dos Transportes, Grant Shapps, avisou que "as coisas podem mudar rapidamente" e que as pessoas deveriam viajar apenas se estiverem dispostas a cumprir quarentena de 14 dias, se necessário", falando por experiência própria, pois teve de ficar em isolamento ao voltar de férias em Espanha. 

A decisão de adicionar ou remover um país é feita após uma análise do Centro de Biossegurança Comum, que usa como indicador principal o nível de 20 casos por 100 mil habitantes em sete dias, mas que também tem em consideração outros fatores, como prevalência, nível, taxa de mudança de casos positivos confirmados.

Inicialmente feita de três em três semanas, a reavaliação das medidas é agora feita semanalmente. 

A lista de "corredores de viagem" tem atualmente menos de 70 países e territórios, tendo sido excluídos desde julho Suíça, República Checa e Jamaica, Croácia, Áustria e a ilha de Trinidade e Tobago, França, Países Baixos, Mónaco, Malta, as ilhas Turcas e Caicos e Aruba, Bélgica, Andorra, Bahamas, Espanha e Luxemburgo. 

Entretanto, a Escócia passou a exigir quarentena às pessoas que chegam da Grécia a partir de hoje na sequência de um aumento dos casos de contágio naquele país, incluindo de vários britânicos que entretanto voltaram de férias.  

Cuba, Estónia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia, o arquipélago de São Vicente e Grenadinas, Brunei e Malásia foram adicionados à lista de países seguros. 

Reino Unido com 13 mortes e 1.735 novos casos

Esta quinta-feira o Reino Unido registou 13 mortes e 1.735 novos casos de infeção de covid-19 nas últimas 24 horas, um agravamento pelo segundo dia consecutivo, de acordo com dados do ministério da Saúde britânico. 

Na quarta-feira tinham sido registadas 10 mortes e 1.508 novas infeções.

O total acumulado desde o início da pandemia covid-19 é agora de 41.514 mortes e 340.411 casos de contágio, de acordo com o governo britânico. 

O número de infeções tem estado a subir em várias partes do Reino Unido, com destaque para a região de Glasgow, na Escócia, e para a região de Manchester, no norte de Inglaterra, onde foram impostas restrições em termos de contacto social. 

A chefe do governo escocês, Nicola Sturgeon, admitiu hoje que o índice de contágio ‘R’ estará entre 1 e 1,4, o que reflete um nível maior de transmissão da doença 

O índice é definido como o número médio de pessoas às quais uma pessoa infetada pode passar o vírus. Por exemplo, se uma pessoa desenvolve uma infeção e a transmite a outras duas pessoas, o valor do índice seria 2.

Entretanto, o ministro da Saúde, Matt Hancock, revelou estarem a ser desenvolvidos testes que dão o resultado em apenas 20 minutos e outro de saliva sem zaragatoa, mas não deu uma data para quando possam estar disponíveis para a generalidade da população.

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