O Chefe de Estado russo indicou que os Estados Unidos espiam não apenas os seus potenciais adversários, ou os que considera como tal, mas também os aliados mais próximos
O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que dos Estados Unidos se pode esperar "qualquer coisa", comentando as ameaças de Washington em lançar um ataque cibernético contra a Rússia, como represália pela suposta ingerência na campanha presidencial.
"Dos nossos amigos e parceiros norte-americanos pode-se esperar qualquer coisa", disse Putin em Goa, na Índia, onde participou numa cimeira dos BRICS, grupo de países constituído pela Rússia, Brasil, Índia, China e República da África do Sul.
Putin, segundo a agência noticiosa oficial russa Ria Novosti, citada pela Efe, afirmou que "não há nada de novo" e acrescentou: "Por acaso não sabemos que escutam e espiam-nos a todos?".
"Isto sabe-se desde há muito tempo, não é nenhum segredo, os testemunhos abundam, e gastam em tal milhares de milhões de dólares", disse.
O Chefe de Estado russo indicou que os Estados Unidos espiam não apenas os seus potenciais adversários, ou os que considera como tal, mas também os aliados mais próximos.
"Não há nada de novo. A única novidade consiste em que é a primeira vez que os Estados Unidos o reconhecem a alto nível e, em segundo lugar, proferem uma ameaça, o que não se integra nas normas de conduta das relações internacionais".
Putin advertiu que entre os jornalistas que o acompanham nesta viagem alguns deles podem ter interesse para os "respectivos serviços secretos".
Na sexta-feira, a cadeira televisiva norte-americana, NBC, informou, citando fontes dos serviços secretos norte-americanos, que a CIA (Central Intelligence Agency) tem a tarefa de apresentar opções à Casa Branca para uma operação "clandestina" e de amplo alcance cibernético contra o Kremlim, o centro de poder na Rússia.
Antigos funcionários dos serviços secretos adiantaram ainda que a CIA tinha reunido documentação com base na qual podem expor o Presidente russo.
Putin, por seu turno, advertiu que "sacrificar as relações russo-norte-americanas no actual curso da política interna dos Estados Unidos" é "prejudicial e contraproducente".
"Alguém quer uma confrontação, esta não é a nossa opção. Todavia, isso significa que haverá problemas, algo que não queremos. Pelo contrário, gostaríamos de encontrar pontos de contacto para resolver os problemas de carácter global que afectam a Rússia, os Estados Unidos e o mundo", disse.
O Chefe de Estado russo negou que o seu país tente influenciar a campanha presidencial norte-americana, algo que -- explicou -- não tem sentido, porque não se sabe se o Presidente que for eleito vai cumprir as promessas eleitorais.
Putin: "Alguém quer uma confrontação, mas não é a nossa opção"
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