Terminou uma investigação de quatro anos que apontou várias falhas no sistema de segurança da prisão onde esteve detido o magnata suspeito de tráfico sexual.
Os guardas da prisão onde esteve detido e se matou Jeffrey Epstein são acusados de não revistarem a cela, conforme exigido, e de não verificarem o seu estado durante horas, o que facilitou a que o suspeito de tráfico sexual tirasse a própria vida, concluiu o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ na sigla inglesa). Epstein tirou a própria vida em agosto de 2019 num centro prisional entretanto encerrado.
Sábado
Segundo o relatório do DOJ, citado pelo jornal norte-americano The New York Times, o inspetor-geral Michael Horowitz identificou 13 funcionários por "má conduta e abandono aos seus deveres", concluindo que estes comportamentos permitiram que o milionário ficasse sem monitorização desde as 22h40 de 8 de agosto até às 6h30 de 9 de agosto, quando foi encontrado morto na sua cela na Metropolitan Correction Center de Manhattan.
Foram também detetadas falhas no sistema de vigilância da instituição onde estava detido o suspeito, além de haver funcionários a menos para as necessidades do funcionamento da prisão. A combinação de "negligência e má conduta" gerou um ambiente em que o preso "teve a oportunidade de tirar a própria vida", refere o relatório.
Entre os sinais de negligência apontados no documento contam-se a permissão dada a Epstein de acumular cobertores, lençóis e peças de roupa, mesmo depois de o recluso já ter tentado tirar a própria vida, enforcando-se, em situações anteriores. Outra das falhas "inexplicáveis" referidas está relacionada com a solidão de Epstein na cela. Tinham sido dadas ordens de que o milionário nunca devia ser deixado sozinho e sem monitorização para que não se pudesse magoar a si próprio. No entanto, esteve um dia inteiro sem companheiro de cela, e passou a noite sem vigilância.
A primeira tentativa de suicídio por parte de Epstein aconteceu duas semanas antes de morrer. Foi encontrado com escoriações em torno do pescoço, uma semana depois de um juiz ter negado o seu pedido de ficar em prisão domiciliária a aguardar o julgamento. O juiz que negou o pedido acreditava que caso Epstein fosse libertado, havia risco de que abusasse de adolescentes.
Horowitz pediu ainda que dois supervisores sejam julgados por falsificarem registos e mentir aos investigadores encarregues do processo. A procuradoria recusou-se a avançar com as acusações.
Jeffrey Epstein, de 66 anos, tirou a própria vida enquanto aguardava pelo julgamento relativamente às acusações de tráfico sexual, há quase quatro anos. O FBI já tinha avançado com a teoria de que Epstein tinha tirado a própria vida, depois de a autópsia já ter avançado que tinha morrido enforcado num lençol, teoria agora confirmada pelo DOJ. Nos últimos quatro anos, foram divulgadas dezenas de teorias da conspiração que acusavam uma elite norte-americana de ter encomendado a morte de Epstein por medo que este divulgasse segredos obscuros.
Em resposta ao relatório, a diretora das prisões dos Estados Unidos, Celette Peter, disse que as conclusões "refletem uma falha" e que vão ser levadas em conta recomendações para reformas do sistema prisional.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.