Jacinda Ardern prometeu hoje nunca mencionar o nome do alegado responsável pelo ataque às mesquitas, que matou 50 pessoas em Christchurch.
A primeira-ministra da Nova Zelândia prometeu nunca mencionar o nome do alegado responsável pelo ataque às mesquitas, de forma a negar-lhe visibilidade ou uma plataforma para difundir ideias racistas.
"Ele obviamente tinha uma série de razões para cometer este atroz ataque terrorista. Elevar o seu perfil foi uma delas. E isso é algo que podemos negar-lhe", afirmou Jacinda Ardern.
A primeira-ministra falava no Parlamento, numa sessão extraordinária, que abriu com a expressão árabe "Salam aleikum" ("A paz esteja convosco").
Brenton Tarrant, um australiano nacionalista branco, de 28 anos, e que está em prisão preventiva, é o suposto responsável pelos ataques às mesquitas Al-Noor e de Linwood, na sexta-feira, que fizeram pelo menos 50 mortos e quase meia centena de feridos.
"Ele é um terrorista. Ele é um criminoso. Ele é um extremista. Mas quando eu falar, ele não terá nome", sublinhou.
Questionada se o julgamento deverá decorrer à porta fechada, Ardern afirmou que essa decisão não era sua.
"Uma coisa eu posso garantir: não me vão ouvir pronunciar o nome dele", disse, acrescentando que o alegado responsável pelo ataque vai enfrentar a lei "com todo o seu rigor".
O gabinete da primeira-ministra já confirmou ter recebido, num e-mail de Tarrant, uma cópia do manifesto em que expunha a sua ideologia extremista e justificava a sua ação, menos de dez minutos antes de iniciar o ataque à primeira mesquita.
Tarrant transmitiu em direto, durante 17 minutos, os disparos.
O ex-preparador físico, que obteve uma licença de porte de arma em novembro de 2017, tinha cinco armas, incluindo duas semiautomáticas de estilo militar, que terá usado nos ataques.
Primeira-ministra da Nova Zelândia: "Atirador não terá nome"
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Prepara-se o Governo para aprovar uma verdadeira contra-reforma, como têm denunciado alguns especialistas e o próprio Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, num parecer arrasador.
Não foi fácil, mas desvendamos-lhe os segredos do condomínio mais luxuoso de Portugal - o Costa Terra, em Melides. Conheça os candidatos autárquicos do Chega e ainda os últimos petiscos para aproveitar o calor.
Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?
No meio do imundo mundo onde estamos cada vez mais — certos dias, só com a cabeça de fora, a tentar respirar — há, por vezes, notícias que remetem para um outro instinto humano qualquer, bem mais benigno. Como se o lobo mau, bípede e sapiens, quisesse, por momentos, mostrar que também pode ser lobo bom.