Sábado – Pense por si

Presidente chileno elogia plano de Bolsonaro e desconfia de Haddad

09 de outubro de 2018 às 19:47
As mais lidas

Sebastián Piñera afirmou que os sinais que Bolsonaro deu na campanha "são coisas que um país como o Brasil precisa" e que o candidato do PSL lhe provoca uma "certa desconfiança".

O Presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou na noite de segunda-feira, num evento em Madrid, que o candidato à presidência brasileira Jair Bolsonaro "tem um bom plano para a economia" e disse desconfiar de Fernando Haddad.

"Os sinais que (Bolsonaro) está a dar no sentido de promover a sua abertura, reduzir o défice fiscal, reduzir o tamanho do sector público com privatizações, são coisas que um país como o Brasil, que é um gigante, precisa", disse o Presidente Chileno, citado pelo jornal Folha de São Paulo.

Piñera afirmou ainda estar ciente do perfil polémico do candidato da extrema-direita: "Ouvi os seus comentários homofóbicos e sua linguagem agressiva em relação às mulheres, mas o seu plano económico aponta para a direcção correta, além de enfrentar com energia a corrupção e o populismo, dois imensos problemas que causaram os problemas no país e provocam a crise que o arrasta".

O dirigente do Chile falou também do adversário de Bolsonaro na segunda volta, dizendo que Fernando Haddad lhe provoca uma "certa desconfiança porque ninguém o conhece direito, nem como pensa".

Para Sebastián Piñera, os brasileiros votaram no candidato do Partido Social Liberal (PSL) como forma de protesto contra a classe política.

"Vi mais um voto contra os demais políticos do que a favor de Bolsonaro, e talvez por isso o clima seja de incerteza", disse.

Os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) irão defrontar-se na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras no dia 28 deste mês, após cada um ter obtido 46% e 29% dos votos, respectivamente.

Urbanista

A repressão nunca é sustentável

Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.