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Português combate na Ucrânia: “Aqui não há heróis. Os heróis são os primeiros a morrer”

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 21 de fevereiro de 2024 às 23:00

Ex-militar português da Polícia do Exército rumou à Ucrânia para combater os invasores russos. Dois anos depois, dá à SÁBADO o seu testemunho de guerra — e como é estar a 20 metros do inimigo.

Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, João G. não conseguia tirar os olhos dos noticiários. Com oito anos de experiência como Polícia do Exército, o personal trainer de 35 anos refletiu durante semanas e decidiu: ia combater. “Eu simplesmente não podia ficar deitado no sofá a ver a televisão”, diz à SÁBADO. Despediu-se da mãe e da irmã em lágrimas, encheu duas mochilas de roupa e ofereceu-se à Legião Estrangeira. Hoje em dia, é militar do Azov e treina novos recrutas. Foi a partir da base da brigada em Donetsk que falou com a SÁBADO.

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