Tradição pascal tornou-se inovadora com Francisco, que continuou um hábito que já tinha como arcebispo de Buenos Aires.
Será na prisão de Rebibbia, em Roma, que o Papa irá presidir à cerimónia de lava-pés desta Páscoa. A partir das 16 horas locais (15h de Lisboa), o Papa Francisco vai celebrar a Missa da Ceia do Senhor, durante a qual serão lavados e beijados os pés de várias reclusas desta prisão feminina. Mas que ritual é este?
REUTERS/Osservatore Romano/Handout via Reuters
As sandálias eram o principal tipo de calçado que se usava nas estradas, e por isso, quando recebia um convidado em sua casa, o anfitrião tinha por hábito curvar-se para beijar-lhe os pés. Além disso, era fornecida uma bacia com água para proceder à lavagem dos mesmos.
Segundo a Bíblia o costume terá sido praticado na Última Ceia, quando Jesus Cristo lavou os pés aos seus discípulos, incluindo a Judas, cuja traição já era conhecida. Já no Antigo Testamento surge também um episódio em que Adão insistiu em lavar os pés a três viajantes que passaram pela sua casa.
Ao longo da história da Igreja Católica, o ritual do lava-pés foi mantido como um símbolo de limpeza e purificação, além de humildade e serviço cristão. Apesar de a sua prática remeter para séculos anteriores, ainda hoje é um ritual praticado pelo Papa, na Quinta-Feira Santa.
Em 2023 foram 12 os jovens de várias nacionalidades que se sentaram numa estrutura mais alta para que o Papa lhes beijasse os pés. A cerimónia, que teve lugar na prisão juvenil de Casal del Marmo, na capital italiana, contou com seis menores, entre os detidos - aos quais foi pedido para que não desanimem.
De acordo com a agência noticiosa Reuters, Francisco é o primeiro Papa que faz esta cerimónia fora das igrejas, escolhendo prisões, lares da terceira idade ou hospitais. Já o fazia enquanto arcebispo de Buenos Aires. É ainda o primeiro Papa a incluir mulheres e não-católicos neste ritual.
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Num mundo incerto e em permanente mudança, onde a globalização e a tecnologia redefinem o modo de conceber e fazer justiça, as associações e sindicatos de magistrados são mais do que estruturas representativas. São essenciais à vitalidade da democracia.
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.