Desde o início do ano, o NASK disse ter detetado mais de 10.000 contas em inglês e polaco que "tentavam influenciar as eleições, informando sobre a ameaça potencial de ataques terroristas a 18 de maio", dia das eleições.
O instituto polaco de monitorização das redes digitais NASK anunciou esta quinta-feira ter descoberto tentativas de interferência na campanha presidencial da Polónia, com "mensagens coerentes com a linha de propaganda russa".
polacosAP Photo/Czarek Sokolowski
O anúncio sobre as alegadas interferências foi feito três dias antes da primeira volta do escrutínio, marcada para domingo.
A campanha eleitoral na Polónia é marcada por um confronto duro entre o pró-europeu Rafal Trzaskowski e o populista Karol Nawrocki.
Trzaskowski, candidato da Coligação Cívica do primeiro-ministro Donald Tusk, lidera as sondagens com cerca de 32% das intenções de voto.
O historiador Nawrocki, promovido pela oposição nacionalista populista Lei e Justiça (PiS), tem o apoio de cerca de 26% dos potenciais eleitores, de acordo com as últimas sondagens, citadas pela agência de notícias France-Presse (AFP).
O NASK declarou em comunicado que, em cooperação com os serviços especiais, descobriu "novas operações de informação destinadas a desestabilizar o processo eleitoral" na Polónia.
"A análise incidiu sobre a atividade de uma rede de várias centenas de contas falsas na rede X (antigo Twitter), que difundiam, de forma coordenada, mensagens coerentes com a linha de propaganda da Federação Russa", disse o instituto.
As mesmas narrativas, com uma apresentação gráfica idêntica, foram também detetadas no serviço de mensagens Telegram, publicadas por "contas conhecidas pela participação em atividades de desinformação russas".
De acordo com o NASK, o conteúdo das mensagens difundidas dizia respeito principalmente a temas que polarizam o debate público, relacionados com a segurança, a política externa, a migração ou a situação socioeconómica.
Desde o início do ano, o NASK disse ter detetado mais de 10.000 contas em inglês e polaco que "tentavam influenciar as eleições, informando sobre a ameaça potencial de ataques terroristas a 18 de maio", dia das eleições.
As equipas de Trzaskowski e de Nawrocki anunciaram hoje a intenção de remeter para o Ministério Público casos de desinformação e ações dirigidas contra os respetivos candidatos, que podem ter sido financiadas a partir do estrangeiro.
Varsóvia denunciou em maio a intensificação dos ataques informáticos russos contra a Polónia.
Um dos ataques visou o sistema informático do partido da Coligação Cívica, de Donald Tusk.
As autoridades polacas, aliadas da vizinha Ucrânia, invadida pela Rússia desde fevereiro de 2022, têm vindo a alertar há meses para a possibilidade de Moscovo tentar interferir nas eleições presidenciais através de ciberataques e desinformação.
A Polónia tem acusado frequentemente a Rússia de levar a cabo ataques híbridos e de orquestrar sabotagens em território polaco.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro