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Os testes de Putin no Báltico

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 16 de setembro de 2025 às 23:00

O episódio dos drones foi a mais grave de várias provocações que deixam os países vizinhos da Rússia em estado de ansiedade. Moscovo sente o pulso à NATO.

Em 2018, depois de uma série de jogos de guerra simulados, a Rand Corporation declarou que a Rússia poderia atropelar os três Estados bálticos – Estónia, Lituânia e Letónia – em 36 a 60 horas. O influente think tank norte-americano chegou ao ponto de afirmar que “os ativos militares da NATO nos países bálticos estavam tão desfasados dos da Rússia que pareciam convidar uma guerra devastadora, em vez de a dissuadir”. Oito anos depois da publicação do relatório, após a invasão da Ucrânia e a perda de previsibilidade dos Estados Unidos, Vladimir Putin testa cada vez mais a capacidade de resposta militar e política da NATO na sua frente oriental – e o que está a ver pode deixá-lo, por agora, satisfeito.

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