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As detenções foram consideradas como sendo o ponto de ruptura depois de meses de repressão contra membros da oposição e dissidentes. A Human Rights Watch chamou-as de “politicamente motivadas e falsas”.
As autoridades turcas detiveram o presidente da Câmara de Istambul, e o principal opositor do presidente Tayyip Erdogan, Ekrem Imamoglu, no âmbito de investigações de suspeitas de corrupção e ligação ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, sigla em inglês), que a Turquia considera ser um grupo terrorista.
Ekrem ImamogluAP Photo/Emrah Gurel
Imamoglu foi detido durante a manhã desta quarta-feira após uma rusga à sua casa, não sendo ainda claro que bens foram confiscados. A sua mulher, Dilek Imamoglu, contou ao canal de televisão turco Now que a polícia chegou à sua residência antes do amanhecer e que o presidente da câmara tinha sido levado por volta das 7h30.
A agência de notícias estatal, Anadolu, revelou que os procuradores emitiram mandados de detenção para Imamoglu e outras 100 pessoas, incluindo o seu assessor, Murat Ogum, e que teriam sido detidos sob suspeitas de extorsão, branqueamento de capitais e irregularidades em concursos e aquisições.
As autoridades encerraram ainda várias estradas e ruas de Istambul e proibiram manifestações na cidade durante quatro dias, numa aparente tentativa de evitar protestos na sequência das detenções, no que muitos consideram ser o cúmulo da repressão que tem durado meses a membros da oposição e vozes dissidentes na Turquia.
No dia anterior (18), a Universidade de Istambul invalidou o diploma de Imamoglu, de forma a impedir que ele se candidate à próxima corrida presidencial uma vez que é necessário ter um diploma universitário para concorrer às eleições.
Num vídeo publicado nas redes sociais, o político de 54 anos que se encontra à frente de Erdogan em algumas sondagens, afirmou que não iria desistir e que continuaria a manter-se firme perante a pressão, enquanto ajeitava a gravata e se preparava para sair de casa para ser detido.
O líder do seu partido, o Partido Republicano do Povo (CHP), Ozgur Ozel, considerou a detenção uma tentativa de golpe de Estado e apelou à união dos grupos da oposição. No domingo o CHP irá eleger Imamoglu como candidato às presidenciais, independentemente das circunstâncias, acrescentou Ozel. "A Turquia está a passar por um golpe de Estado contra o próximo presidente. Estamos perante uma tentativa de golpe de Estado", afirmou. A Human Rights Watch qualificou as acusações contra o presidente da Câmara como "politicamente motivadas e falsas" e apelou à sua libertação.
Segundo a agência noticiosa Reuters, o Governo já negou as acusações feitas pela oposição e afirmou que o poder judicial é independente. No entanto, continua a pressionar para pôr um fim à insurreição do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, sigla em inglês), depois do seu líder, que se encontra preso, ter apelado ao desarmamento o mês passado, num contributo para a paz na região.
Erdogan enfrentou a sua pior derrota eleitoral o ano passado, quando o CHP de Imamoglu varreu as principais cidades da Turquia e derrotou o Partido AK, no poder, em alguns municípios-chave. As próximas eleições presidenciais estão marcadas para 2028, mas Erdogan já atingiu o limite de dois mandatos como presidente, depois de ter sido primeiro-ministro. Se quiser voltar a candidatar-se, terá de convocar eleições antecipadas antes de terminar o seu mandato ou alterar a Constituição.
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