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Oposição condena destituição de Ortega Diaz e convoca novos protestos

06 de agosto de 2017 às 09:42
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Freddy Guevara defendeu que "as acções da ilegítima Assembleia Constituinte são um atropelo à Constituição"

A oposição venezuelana condenou a destituição, no sábado, da procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz, pela nova Assembleia Constituinte (AC) e anunciou que vai continuar com os protestos de rua,

"Com esta decisão, o regime enterrou a última legitimidade que tinha. O povo não reconhece este regime e a comunidade internacional tampouco", disse o vice-presidente do parlamento este sábado.

Durante uma conferência de imprensa em Caracas, Freddy Guevara, criticou ainda que o "defensor do povo", Tarek William Saab, tenha sido designado, no sábado, na primeira sessão da AC, como substituto de Luísa Ortega Díaz. "As acções da ilegítima AC são um atropelo à Constituição", frisou.

Por outro lado vincou que a oposição continuará com os protestos de rua e que está a preparar novas manifestações para a próxima semana. "Quem se cansa perde, não é um slogan, é um mandato. Agora estamos num processo de revisão e debate. Não estamos de férias, mas num intenso debate, trabalhando para oferecer e definir uma rota clara para o país", disse, vincando que a oposição continuará na luta para derrotar "a ditadura".

Entretanto o líder do partido Primeiro Justiça e presidente do parlamento, Júlio Borges, disse que a destituição da procuradora faz parte de uma tentativa da AC "de escravizar os venezuelanos para fazê-los subordinados ao regime".

"É um momento difícil e escuro mas a força e a dignidade vão-se sobrepor perante todos os obstáculos. Tenhamos confiança, fé e determinação para continuar lutando. Eles [AC] estão cavando o seu próprio túmulo, estão a suicidar-se. Não nos desmoralizemos, eles estão a destruir-se", disse.

Segundo Júlio Borges, há apenas uma "minoria" das Forças Armadas que "está divorciada da lei, da Constituição e espaldeiro do regime de Nicolás Maduro" que conta apenas com a "força bruta" das armas militares e os "colectivos" [motociclistas armados afectos ao regime], mas não conta com "o povo, nem com liderança, nem com apoio internacional".

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