Falta de resultados detalhados é algo "sem precedentes" nas eleições de hoje em dia, criticaram peritos. Governo venezuelano contesta conclusões.
Um painel de peritos em atos eleitorais da Organização das Nações Unidas (ONU) determinou que a Comissão Eleitoral da Venezuela não cumpriu as regras relativamente aos resultados das eleições de 28 de julho.
Considerou ainda que a falta de resultados detalhados é algo "sem precedentes" nas eleições de hoje em dia. As "medidas básicas de transparência e integridade" exigidas para "eleições credíveis" não foram respeitadas.
As conclusões foram publicadas esta terça-feira, mas remontam a 9 de agosto e surgem quando a oposição e Nicolás Maduro reivindicam vitória nas eleições. O presidente venezuelano não divulga os resultados detalhados, e a oposição liderada por Maria Corina Machado tem documentos retirados das máquinas de voto que comprovam a vitória do seu candidato Edmundo González.
Os protestos já levaram a pelo menos 2.400 detenções e à morte de 23 pessoas.
REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria/File Photo
Após a divulgação feita pela ONU, o governo da Venezuela acusou os especialistas que estiveram no país a acompanhar as presidenciais de difundirem "uma série de mentiras" ao afirmar que faltou transparência na gestão dos resultados pelas autoridades eleitorais.
O painel de peritos violou "os termos de referência assinados com o Poder Eleitoral" ao publicar o relatório preliminar - ao contrário do que estava previsto - enquanto prepara uma versão final para o secretário-geral da ONU, António Guterres, que não será tornada pública, reagiu Caracas, em comunicado.
As autoridades venezuelanas disseram que o painel teve acesso a "todas as fases do processo", no qual o Presidente Nicolás Maduro foi o vencedor, como anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
"A opinião expressa no seu texto irresponsável não é mais do que um ato de propaganda que serve os interesses golpistas da ultradireita venezuelana, com quem interagiram constantemente antes, durante e depois das eleições", de acordo com a mesma nota.
"Esta investida contra a democracia, executada por falsos peritos eleitorais, também fracassará, e na Venezuela prevalecerá a justiça e o respeito pela vontade soberana do seu povo", acrescentou.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.