Entre os detidos as ONG referem-se a Sayed Mohamed al Sayed e Karim Ahmed Yusef, acusados de publicar notícias falsas que comprometem o regime e a "integridade" do sistema judicial, e incitar a protestos e à desobediência, para além de insultos ao presidente nas suas páginas do Facebook.
Mencionam ainda um membro do partido Pão e Liberdade, Mohamed Walid, detido na cidade setentrional do Suez e acusado de "sedição" e de "propagar rumores nas redes sociais contra as instituições do Estado, o exército, a polícia e o sistema judicial".
As organizações, onde se inclui a Rede árabe para a informação dos direitos humanos, também denunciam a detenção de outras 11 pessoas, todas activas nas redes sociais, e com várias acusadas de ligações a um "grupo terrorista".
O comunicado sublinha que esta campanha coincide com uma recente proposta parlamentar apresentada pelo chefe do Comité de defesa e segurança nacional, Kamel Amer, para agravar as penas de prisão por insultos ao chefe de Estado.
As organizações apelam à sociedade civil e aos partidos políticos para se oporem às "tentativas de impor um ambiente de medo e de estabelecer um Estado policial", conclui a nota.
Al-Sisi subiu ao poder após o golpe militar de Julho de 2013 que afastou o então presidente egípcio, o islamita Mohamed Morsi, o primeiro chefe de Estado eleito por sufrágio universal no país árabe.
Dezenas e milhares de pessoas foram detidas e muitos milhares mortas, condenadas à morte ou estão desaparecidas desde o golpe militar, uma situação que tem sido denunciada com insistência por diversas organizações internacionais de direitos humanos.