Sábado – Pense por si

Nunca tantos britânicos quiseram voltar para a União Europeia como este ano

Ainda assim 51% da população considera improvável o regresso do Reino Unido para a União Europeia.

Sete anos depois do Brexit, referendo que levou o Reino Unido a sair da União Europeia, a percentagem de britânicos que desejam voltar a pertencer à União alcança os níveis recorde. A maioria dos britânicos admite até que confia mais na Comissão Europeia do que no seu governo.

O mesmo inquérito descobriu ainda que o resto dos europeus consideram que o regresso do Reino Unido à União Europeia é um cenário cada vez mais provável.

A YouGov desenvolve periodicamente um inquérito para acompanhar osefeitos no Brexit na população britânicamas também para avaliar a confiança nas instituições da União Europeia. Este ano já foram feitas duas sondagens, a mais recente demonstra que 58,2% da população apoia um regresso ao bloco mas em fevereiro foi atingido o valor máximo de 60%.

Os inquéritos de confiança começaram a ser feitos em fevereiro de 2012 e os valores atingidos este ano são os mais altos desde sempre. Desde 2016, altura em que se realizou o referendo, a percentagem de população que defende o regresso à União Europeia tem vindo aumentar de forma mais ou menos consistente, tendo sido detetada apenas uma queda no início de 2021 para 47%.

Apesar deste aumento de confiança na União Europeia, 51% da população ainda considera improvável o regresso do Reino Unido, esta é uma ideia que tem vindo a diminuir uma vez que há dois anos a percentagem era de 62%.

A confiança dos britânicos no futuro da União Europeia também está a aumentar, sendo que esta foi a primeira vez em que mais entrevistados consideram estar otimistas (41%) do que pessimistas (36%) em relação ao que o futuro reserva ao bloco. Além disso os britânicos demonstraram, ainda que por uma margem pequena, confiar mais na Comissão Europeia (25%) do que no seu próprio governo.

OEuropean Social Survey(ESS) também partilhou uma pesquisa, no início deste ano, onde todos os Estados-membros foram questionados sobre a possibilidade de deixarem a União Europeia. Desde 2016 o sentimento de pretensa aumentou em todos os países e é cada vez menor a parcela da população que quer abandonar o bloco, a guerra na Ucrânia veio acelerar ainda mais o processo.

Atualmente Portugal (87,6%), Eslovénia (86,7%) e Espanha (85,2%) são os países onde o apoio à União é maior já a República Checa é onde o bloco tem menos apoio, ainda assim mais de metade (64,4%) que continuar a fazer parte da União.

O país onde o apoio mais aumentou nos últimos anos foi a Finlândia, com uma subida de 14,8%, seguida da Holanda (11,2%) e de Portugal (8,1%).

Artigos Relacionados

Sinais do tempo na Justiça

A maioria dos magistrados não dispõe de apoio psicológico adequado, o que resulta em inúmeros casos de burnout. Se esta estratégia persistir, a magistratura especializada comprometerá a qualidade do trabalho, sobretudo na área da violência doméstica.

Hipocrisia

Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.

Urbanista

Insustentável silêncio

Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.