O multimilionário fundador da marca de veículos elétricos Tesla, da Space X e dono do Twitter já gastou 119 milhões de dólares em Trump. Acusam-no de fraude por prometer dar milhões a eleitores.
A ideia foi de Elon Musk: nos EUA, quem quisesse receber 47 dólares (€43) só tinha que angariar para uma petição a assinatura de um eleitor registado num swing state, de forma a encorajar o registo ao voto. A petição apoiava as Primeira e Segunda Emendas da Constituição dos EUA sobre a liberdade de expressão e o direito às armas, e tinha como objetivo o apelo ao voto a indivíduos que possam preferir o candidato republicano, Donald Trump, à candidata democrata, Kamala Harris, nos chamados estados pendulares que definirão o resultado final.
Reuters
Numa publicação na sua rede social X, Elon Musk refere-se à iniciativa como sendo "dinheiro fácil" de modo a apelar à participação dos eleitores que apoiam o antigo presidente. No entanto, pagar diretamente a eleitores para que se registem é considerado ilegal nos Estados Unidos: a petição aparenta contornar as leis pagando a quem referencia os eleitores registados.
Ao assinar a petição de apoio à Constituição norte-americana, os eleitores ficavam inscritos automaticamente num sorteio diário onde estavam habilitados a ganhar 1 milhão de dólares, oferecidos pela America PAC de Musk - nome dado à iniciativa.
Entretanto, o procurador distrital de Filadélfia, Larry Krasner, processou Elon Musk para bloquear a oferta e o sorteio alegando que violava as leis do estado, mas o juiz permitiu que o multimilionário continuasse a atribuir o prémio diário ao valor inicialmente estipulado. Até ao dia antes das eleições, e de acordo com The New York Times, a equipa de Musk já tinha atribuído 17 cheques e não estava com ideia de dar mais dinheiro a eleitores da Pensilvânia. Porém, a agência noticiosa Reuters revelou que Elon Musk foi processado por eleitores registados que assinaram a sua petição para conseguir o milhão de dólares - e agora, dizem ter sido vítimas de fraude.
A queixa foi interposta por Jacqueline McAferty, residente no estado do Arizona, junto do tribunal federal do Texas. Afirma que Musk e a America PAC induziram falsamente os eleitores a assinar alegando que podiam escolher os vencedores de forma aleatória. Mas afinal, estes eram predeterminados.
A queixosa adianta ainda que a iniciativa fez com que se dirigisse mais atenção e tráfego de Internet para a plataforma de redes sociais X, e promoveu ainda a recolha de dados como o nome, morada e número de telefone que podem ser vendidos.
A queixa pede o pagamento de pelo menos cinco milhões de dólares (€4,6 milhões) como indemnização aos queixosos.
O CEO da Tesla tornou-se o segundo maior investidor da campanha presidencial de Donald Trump através da PAC, com 119 milhões de dólares (€109 milhões) Encontra-se atrás do multimilionário Timothy Mellon, que durante a corrida à Casa Branca doou 150 milhões de dólares (€137 milhões). No dia 5 de novembro, é esperado que Trump assista ao desenrolar dos resultados eleitorais na sua casa de Mar a Lago na Flórida, com a companhia de Musk.
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