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México lança críticas a comentários de Donald Trump

A secretaria da Economia reitera o seu "compromisso para com as empresas mundiais" e a sua vontade em "garantir a segurança" dos projectos de investimento no México

O governo mexicano rejeitou na sexta-feira o "uso do medo ou da ameaça" para fazer pressão sobre as decisões de investimento das empresas, numa crítica implícita às declarações proteccionistas do Presidente eleito norte-americano, Donald Trump.

Num breve comunicado que não menciona o nome do futuro Presidente dos Estados Unidos, a secretaria mexicana da Economia reitera o seu "compromisso para com as empresas mundiais" e a sua vontade em "garantir a segurança" dos projectos de investimento no México.

O México "rejeita categoricamente qualquer tentativa de influenciar as decisões de investimento das empresas ao fazer uso do medo e da ameaça", refere o comunicado.

Durante a campanha para as eleições presidenciais norte-americanas, Donald Trump, em nome da defesa dos empregos nos Estados Unidos, criticou frequentemente o projecto do fabricante automóvel Ford para descentralizar no México várias das suas actividades. Também anunciou que se fosse eleito iria impor fortes taxas à importação da Ford ou de outras empresas que deslocalizassem a sua actividade.

A Ford anunciou na terça-feira o abandono de um projecto de uma fábrica em San Luis Potosi, no centro do México, um investimento de 1,6 mil milhões de dólares.

Trump, que deverá tomar posse na Casa Branca a 20 de Janeiro, ameaçou da mesma forma a General Motors na terça-feira e a Toyota na quinta-feira.

O México, a segunda maior economia da América latina, é signatário do Acordo Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA, em Inglês). Donald Trump declarou várias vezes a sua intenção de renegociar este acordo e ameaçou retirar os Estados Unidos se o país não obtivesse melhores condições.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.