Sábado – Pense por si

Menos de nove horas depois, Israel acusa Irão de violar cessar-fogo. Teerão nega

Ana Bela Ferreira
Ana Bela Ferreira 24 de junho de 2025 às 10:24
As mais lidas

Donald Trump anunciou na noite de segunda-feira um acordo de cessar-fogo entre os dois países depois de 12 dias de confrontos. Fim das hostilidades seria progressiva durante 24 horas, mas já há acusações de violações.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, anunciou esta terça-feira que o Irão violou o cessar-fogo e que por isso ordenou às forças militares para atacarem Teerão em resposta. Há menos de nove horas,Donald Trump anunciou o acordo de cessar-fogo"completo e total" entre os dois países, depois de 12 dias de confrontos.

AP Photo/Ohad Zwigenberg

Porém, a agência noticiosa iraniana ISNA, citada pela Reuters, indicou que as informações de que o Irão disparou mísseis contra Israel depois de decretado o cessar-fogo eram falsas.

Esta troca de acusações podem por em causa o cessar-fogo.

Em comunicado, o ministro da Defesa de Israel indicou que ordenou às forças armadas para "continuarem operações de alta intensidade contra alvos do regime e infraestruturas de terror de Teerão", em resposta "à violação clara do cessar-fogo decretado pelo presidente dos EUA".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha confirmado que Telavive aceitou o cessar-fogo, dizendo ter alcançado todos os objetivos com o ataque lançado a 13 de junho - destruir o programa nuclear e as capacidades balísticas do Irão. Enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araqchi, afirmou que Teerão ia cumprir o cessar-fogo se todos os ataques israelitas parassem até às 4h de Teerão (1h30 em Lisboa).

Em atualização

Artigos Relacionados

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.