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Médio Oriente: Israel rejeita relatório com acusações de genocídio em Gaza

Israel considera que a "deplorável e fanática" organização "produziu mais uma vez um relatório fabricado que é totalmente falso e baseado em mentiras".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita rejeitou esta quinta-feira, 05, o relatório da organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional que acusa Israel de "cometer genocídio" contra os palestinianos na Faixa de Gaza.

"A deplorável e fanática organização Amnistia Internacional produziu mais uma vez um relatório fabricado que é totalmente falso e baseado em mentiras", disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita em comunicado.

Na nota, o Ministério contradiz o relatório.

"[O] massacre genocida de 07 de outubro de 2023 foi levado a cabo pela organização terrorista Hamas contra cidadãos israelitas.

"Desde então, os cidadãos israelitas têm sido sujeitos a ataques diários em sete frentes diferentes. Israel defende-se contra estes ataques agindo em total conformidade com as normas internacionais lei", é referido na nota.

A Amnistia Internacional publicou hoje um relatório acusando Israel de "cometer genocídio" contra os palestinianos na Faixa de Gaza desde o início da guerra, a 07 de outubro de 2023, apelando à comunidade internacional para não ser "cúmplice" da mesma.

"Mês após mês, Israel tem tratado os palestinianos de Gaza como um grupo de sub-humanos, indignos de respeito pelos direitos humanos e pela dignidade, demonstrando a sua intenção de os destruir fisicamente", afirmou a secretária-geral da organização, Agnès Callamard.

Este relatório de 300 páginas destaca "elementos suficientes para concluir que Israel cometeu e continua a cometer genocídio contra os palestinianos na Faixa de Gaza" desde o ataque sem precedentes do movimento islâmico palestiniano Hamas, a 07 de outubro de 2023, no sul de Israel, que desencadeou a atual guerra, afirma a Amnistia Internacional.

O ataque do Hamas levou à morte de 1.208 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da Agência de Notícias France Press baseada em dados oficiais, incluindo reféns mortos ou mortos no cativeiro.

Desde o início da guerra lançada em retaliação por Israel, 44.532 pessoas foram mortas em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas para Gaza, considerados fiáveis pela ONU.

REUTERS/Mohammed Salem
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