Os tapetes rolantes que passam pelos clientes eram emblemáticos, mas também permitem que as pessoas mexam em comida que será consumida por outros. Chamam-lhe "o terrorismo do sushi".
É típico do Japão os restaurantes de sushi em que os pratos chegam através de um tapete rolante que passa por vários clientes, mas esse tipo de restaurante está a acabar. Os kaitenzushi (nome dado a este tipo de estabelecimentos) estão a desligar os seus equipamentos em resposta a vídeos em que os clientes se filmam a mexer em vários pratos, chegando a lamber tampas de frascos de molho de soja usado por várias pessoas ou a deixar cinza de cigarro em cima de pasta de gengibre.
De acordo com o jornal The Guardian, o último vídeo viral foi o de um adolescente a lamber um fraco de sushi. Face a isso, as cadeias de restaurantes tiveram que tomar medidas, como por exemplo forçar os clientes a esperar que os funcionários tragam os seus pedidos.
Segundo revela o jornal, a Choshimaru, que gere restaurantes na área metropolitana de Tóquio, no Japão, afirmou que os tapetes rolantes de 63 dos seus restaurantes iriam parar.
Apesar de o tapete rolante ser a principal atração destes restaurantes, a empresa explicou que a sua ausência iria impedir que os clientes interferissem com os pedidos de outras pessoas.
A indústria dekaitenzushi, avaliada em 5,4 mil milhões de dólares em 2021, foi fortemente atingida pelos vídeos virais, que mostram clientes a tocar e a estragar a comida destinada a outros clientes.
A cadeia Sushiro foi uma das principais afetadas, e informou, em fevereiro, que osushiserá agora entregue nos restaurantes através de uma única "pista" com recurso a dispositivos sensíveis ao toque, de acordo com oThe Guardian. A empresa foi forçada a tomar esta decisão depois de perder vários clientes, após a cobertura dos meios de comunicação sobre o "terrorismo" dos bens alimentares.
A cadeia de restaurantes japoneses Kura Sushi também informou, na semana passada, que iria introduzir câmaras equipadas com IA (inteligência artificial) para monitorizar as mesas dos seus restaurantes, evitar possíveis incidentes e detetar comportamentos "incomuns".
"A nossa empresa tem ouvido muitos clientes que nos dizem que já não confiam ou já não querem ir a restaurantes de sushi com tapete rolante", disse o chefe de relações públicas do Kura Sushi, Hiroyuki Okamoto, em declarações aos jornalistas, citado pelo jornalMainichi Shimbun.
"Esta é uma crise não apenas para as nossas lojas, mas para toda a indústria desushide tapete rolante", acrescentou.
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