No país vigora o estado de emergência desde o início de Fevereiro.
A Amnistia Internacional (AI) denunciou este sábado a detenção de pelo menos 139 manifestantes "pacíficos" nas últimas 24 horas nas Maldivas, país onde vigora o estado de emergência desde o início de Fevereiro.
"Nas últimas 24 horas, pelo menos 139 pessoas foram detidas unicamente por exercerem o direito às liberdades de expressão e de reunião", alertou o subdirector da AI para o Sul da Ásia, Omar Waraich, num comunicado da organização de defesa e promoção dos direitos humanos, com sede em Londres.
"As autoridades Maldivas estão a utilizar o estado de emergência como forma de intensificar a repressão", sublinhou Waraich, que exigiu a libertação "imediata e incondicional" dos detidos.
A principal força da oposição, o Partido Democrático das Maldivas (MDP, na sigla inglesa), confirmou as detenções e indicou que ocorreram durante uma manifestação em Malé, protesto que considerou o "maior de sempre", contra o presidente do pequeno arquipélago, Abdullah Yameen, no poder desde 2015.
Segundo o MDP, milhares de oposicionistas saíram às ruas na noite de sexta-feira a exigir a demissão de Yameen, a libertação de presos políticos e a reabertura imediata do Supremo Tribunal de Justiça, encerrado desde 1 de Fevereiro.
As Maldivas atravessam uma grave crise política desde que, a 1 de Fevereiro, o STJ foi encerrado, depois de ter aprovado, por unanimidade, a anulação das sentenças condenatórias a nove opositores, bem como a reposição, em funções, de 12 deputados do MDP.
Dois dias depois, Yameen decidiu não acatar a decisão e o presidente do STJ, Abdullah Saeed, e o antigo ditador Maumoob Abdoul Gayoom foram presos, continuando detidos desde então.
O Governo respondeu aos protestos da noite de sexta-feira enviando o exército local, que disparou granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes, enquanto a polícia, segundo o MDP, deteve 14 pessoas, entre elas o líder do grupo parlamentar e "número dois" do partido.
O estado de emergência nas Maldivas foi decretado pelo presidente maldivo a 2 de Fevereiro, tendo inicialmente o prazo de 15 dias, prolongando-o, depois, por mais 30 dias.
O adiamento foi baseado em alegações de Abdullah Yameen de que o STJ e Gayoon orquestraram uma tentativa de golpe de Estado.
Maldivas: Amnistia Internacional denuncia detenção de 139 manifestantes
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.