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Mais de 600 profissionais de saúde abandonaram postos em Cabo Delgado

22 de dezembro de 2020 às 09:18
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Os profissionais de saúde "perderam tudo e estão refugiados em zonas consideradas seguras", havendo 41 unidades hospitalares encerradas, das quais 27 estão destruídas.

Um total de 641 profissionais de saúde abandonaram o seus postos de trabalho devido à violência armada em distritos da província de Cabo Delgado, no Norte de Moçambique, informou o ministro da Saúde.

Os profissionais de saúde "perderam tudo e estão refugiados em zonas consideradas seguras", havendo 41 unidades hospitalares encerradas, das quais 27 estão destruídas, segundo Armindo Tiago, citado hoje pela Televisão de Moçambique.

A situação criou uma segunda preocupação para o setor da saúde, além da covid-19, lamentou o ministro, durante um encontro com parceiros de cooperação, que visava abordar estratégias para área.

A violência armada em Cabo Delgado, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil deslocados, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

Algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico desde 2019.

A Organização das Nações Unidas anunciou na sexta-feira que precisava de 254 milhões de dólares (207 milhões de euros) para garantir a assistência humanitária às populações deslocadas devido a violência armada em Cabo Delgado.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.