Há gente que me odeia porque os pobres começaram a viajar de avião, a comprar carros", disse o ex-presidente brasileiro
O ex-presidente do Brasil, Lula da Silva, afirmou hoje que se arrepende dos casos de corrupção e classificou de "imoral" o julgamento político feito à presidente Dilma Rousseff, que tem o mandato suspenso.
Numa entrevista ao programa "Informe Semanal" da Televisão Espanhola (TVE), Lula da Silva lamentou a perda de popularidade do Partido dos Trabalhadores (PT), de Dilma Rousseff e de ele próprio, além de não descartar a possibilidade de voltar a candidatar-se à presidência brasileira.
"Quando terminei o meu mandato, nem a oposição falava mal de mim. O legado da relação entre o Governo e a sociedade é o que mais me orgulha. Há gente que me odeia porque os pobres começaram a viajar de avião, a comprar carros", disse o ex-presidente brasileiro.
Lula da Silva manifestou-se também arrependido dos casos de corrupção, sublinhando que "as denúncias de corrupção contra o PT mancham muito o partido".
"Há uma disposição para criminalizar o PT. O povo brasileiro sabe que nem tudo o que diz a imprensa é verdade", referiu, adiantando que a democracia brasileira "foi ferida de morte".
Lula da Silva sublinhou que o "impeachment" está na Constituição, mas foi imoral aplicá-lo à presidente Dilma Rousseff, com o mandato suspenso por 180 dias.
Sobre o seu futuro e a possibilidade em recandidatar-se à presidência brasileira, Lula da Silva disse que tal poderá acontecer se passar a existir uma política "capaz de destruir tudo" o que o seu Governo fez pela inclusão social.
Na entrevista à TVE, o presidente manifestou-se ainda preocupado com a situação na Venezuela e destacou a relação "muito estreita" que teve com Hugo Chávez.
Lula admite voltar a candidatar-se à presidência do Brasil
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