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Líder de seita detido na Coreia do Sul por minar combate à pandemia

01 de agosto de 2020 às 12:18
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Lee Man-hee, de 88 anos, foi acusado de fornecer às autoridades de saúde registos imprecisos das reuniões na igreja e listas falsas de membros.

O líder da seita Igreja Shincheonji de Jesus, no centro do surto do novo coronavírus na Coreia do Sul em fevereiro, foi detido hoje por suspeita de obstruir a política do Governo de combate à covid-19.

Lee Man-hee, de 88 anos, foi detido após a emissão de um mandado pelo Tribunal Distrital de Suwon, acusado de fornecer às autoridades de saúde registos imprecisos das reuniões na igreja e listas falsas de membros.

O religioso é responsável por "tentativas sistemáticas de destruir evidências", de acordo com uma autoridade judicial citada pela agência de notícias Yonhap.

As pessoas ligadas à igreja compunham mais da metade dos mais de quatro mil casos registados na Coreia do Sul em fevereiro.

A 19 de julho, os membros da seita representavam 38% das pessoas infetadas, segundo as autoridades de saúde.

A Igreja de Shincheonji de Jesus alegou que os seus membros corriam o risco de sofrer estigma social e discriminação e dissuadiu alguns de responderem a pedidos oficiais.

Lee também é acusado de desviar 4,69 milhões de dólares (quatro milhões de euros) de fundos da Igreja e realizar eventos religiosos em estabelecimentos públicos sem a respetiva aprovação.

A Coreia do Sul é frequentemente reconhecida como modelo na gestão da crise da saúde, com o seu programa "triagem, testes e tratamento".

Trinta e um novos casos foram registados no sábado, elevando o total para 14.336, num país de 52 milhões de pessoas.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 673 mil mortos e infetou mais de 17,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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