O noroeste da França é uma das zonas onde a FN tem piores resultados eleitorais, pelo que foi escolhida por Marine Le Pen para aí iniciar uma ronda de reuniões, a menos de dois meses das eleições presidenciais.
A líder direitista acusou o governo do presidente francês François Hollande de cumplicidade com os manifestantes, considerando tratar-se de uma "debilidade" do Estado.
Para Marine Le Pen, todos os presidentes de França, tanto de esquerda como de direita, reduziram a função à "insignificância" e entregaram o Estado aos "interesses do capital". "As forças financeiras avançam no nosso país e a UE não é mais que o seu cavalo de batalha", disse a candidata, citando como exemplo a recente aprovação do tratado livre de comércio entre a UE e o Canadá.
Le Pen prometeu ainda alterar o tempo de mandato presidencial para sete anos, contra os cinco atuais, a fim de dar ao chefe de Estado "a autoridade e liberdade que não tem quando estão a pensar na reeleição".
Disse ainda que, no mundo actual, é ela a mais bem colocada para representar França. "Como vão os outros falar com Donald Trump se não param de o criticar?", acrescentou.
Le Pen criticou ainda os meios de comunicação, acusando-os de ocultarem a verdade e favorecerem os outros candidatos, o que fez com que "perdessem o apoio dos franceses que preferem informar-se através da internet".
A candidata prometeu ainda uma "dureza total" contra a imigração e reiterou o seu projecto de guardar os postos públicos para os franceses, ao mesmo tempo que prometeu reforçar as fonteiras e acelerar as expulsões.