Execução demorou cerca de 25 minutos. Os jornalistas que puderam assistir à morte Kenneth garantem que nunca viram nada assim.
Kenneth Eugene Smith tinha 58 anos quando às 20h25 de 25 de janeiro (01h25, em Portugal Continental) ficou para a história como a primeira pessoa a ser executada com gás nitrogénio, nos Estados Unidos.
Alabama Department of Corrections/Handout via REUTERS
A execução, que aconteceu no estado norte-americano do Alabama, durou cerca de 25 minutos e ocorreu com a ajuda de uma máscara facial, onde o nitrogénio acabou por provocar a falta de oxigénio no cérebro. O Alabama defendeu que esta técnica era "talvez o método de execução mais humano já criado". No entanto, os cinco repórteres que puderam assistir à execução de Kenneth sugeriram que a suamorte foi tudo menos humana.
"Já estive em quatro execuções anteriores e nunca vi um preso condenado a reagir da maneira como Kenneth Smith reagiu ao nitrogénio", disse à BBC o jornalista do canal CBS, Lee Hedgepeth. "Kenny começou a respirar sofregamente e a execução durou cerca de 25 minutos no total."
No início o prisioneiro sorriu, acenou com a cabeça na direção da família e disse: "Amo-vos", mas no final foram relatados tremores que pareciam ser involuntários. À BBC o comissário penitenciário do Alabama explicou que os movimentos eram um dos efeitos colaterais que haviam previsto.
"Tudo isso era esperado e estava nos efeitos colaterais que vimos ou pesquisamos sobre a hipóxia por nitrogénio", relatou. "Nada estava fora do comum do que esperávamos."
Na manhã de quinta-feira (25), o Departamento de Correções do Alabama partilhou alguns detalhes sobre as suas últimas 48 horas preso. Nesse dia, Kenneth recebeu visitas por parte da família, de dois amigos, do seu conselheiro espiritual e do seu advogado. Sabe-se ainda que ao pequeno-almoço comeu duas bolachas, ovos, geleia de uva, puré de maçã e um sumo de laranja. A sua última refeição foi bife com ovos e batatas fritas.
O Alabama já tinha tentado executar Kenneth por injeção letal há dois anos, mas não o conseguiram fazer antes que a sentença de morte legalizada pelo estado expirasse. Perante a falha, foi escolhido como cobaia para testar este novo método de execução.
"Tendo falhado na morte de Smith na sua primeira tentativa, o Alabama escolheu-o como a sua ‘cobaia’ para testar um método de execução nunca testado antes", escreveu a juíza Sonia Sotomayor.
"Depois de mais de 30 anos e de tentativasapós tentativas de manipular o sistema, o senhor Smith respondeu pelos seus crimes horrendos", defendeu a governadora do Alabama, Kay Ivey, num comunicado que confirmava a morte de Kenneth.
Julgado por assassinato, Kenneth Smith foi condenado ainda em 1989, juntamente com outro homem, que tinha encomendado a morte da mulher, Elizabeth Sennett. O crime, que resultou em 2010 na execução do cúmplice, John Forrest Parker, terá rendido 1.000 dólares (cerca de 925 euros) e foi encenado de modo a parecer uma invasão de domicílio e roubo. A mulher de 45 anos terá sido agredida com um instrumento de lareira e esfaqueada posteriormente no peito e no pescoço. O seu marido acabou por cometer suicídio quando percebeu que era suspeito.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres