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Justiça dos EUA permite divulgação das declarações de impostos de Trump

Antigo presidente dos EUA vai ver as suas declarações de impostos investigadas por um procurador distrital de Nova Iorque, como parte de uma investigação sobre alegados subornos e transações financeiras suspeitas.

É mais uma derrota judicial de Trump na tentativa de manter privados os detalhes das suas finanças, depois de nunca ter revelado a sua riqueza enquanto era presidente dos EUA. Esta segunda-feira, o Supremo Tribunal dos EUA deu luz verde à procuradoria de Nova Iorque para ter acesso às declarações de impostos de Trump, como parte de uma investigação criminal.

EPA

Por razões de sigilo judicial, os documentos não serão divulgados publicamente, mas uma investigação do New York Times revelada em setembro do ano passado apontava que Donald Trump pagou apenas 750 dólares (cerca de 645 euros) sobre os seus rendimentos em 2016, ano em que venceu as eleições nos EUA, e o mesmo valor em 2017, o seu primeiro ano na Casa Branca.

Além destes valores, o jornal referia que, nos 15 anos que antecederam as eleições, houve 10 em que Trump não pagou qualquer imposto sobre os seus rendimentos. O antigo presidente dos EUA chegou mesmo a pagar mais valores de impostos no estrangeiro: 156.824 dólares nas Filipinas, 145.400 na Índia ou 15.598 no Panamá.

As declarações de impostos ficam agora disponíveis ao democrata Cyrus Vance Jr., o procurador distrital de Manhattan, que requisitou oito anos das declarações de impostos de Trump, de janeiro de 2011 a agosto de 2019, como parte de uma investigação de supostos pagamentos de suborno e outras transações suspeitas.

Segundo a CNN, investigação de Vance começou há mais de dois anos, após a divulgação de notícias de que o ex-advogado de Trump, Michael Cohen, teria oferecido 130 mil dólares antes das eleições de 2016 para calar Stormy Daniels, atriz de filmes adultos que alegava ter tido um caso com o ex-presidente.

"O Supremo Tribunal decidiu que ninguém está acima da lei. Trump vai, pela primeira vez, assumir a responsabilidade pelos atos impróprios", indicou Cohen num comunicado após a decisão.

Nas últimas atualizações do caso, Vance sugeriu, no entanto, que a acusação pode ser mais profunda que estes alegados subornos, envolvendo fraude fiscal e fraude bancária, tal como a falsificação de registos financeiros.

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