Juiz diz que provas "apontam para a real possibilidade de existência de uma associação criminosa", dedicada "à disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às instituições".
O juiz que autorizou buscas realizadas, esta quarta-feira, contra aliados do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, citou a existência de um "gabinete do ódio" na decisão que autorizou a operação, no âmbito de um inquérito contra disseminação de notícias falsas.
Na decisão, o juiz Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), citou que os suspeitos alvo da operação realizada hoje fariam parte de um grupo organizado chamado de "gabinete do ódio" que, alegadamente, se dedica à disseminação de notícias falsas e ataques a pessoas e autoridades, entre as quais juízes do STF.
"As provas colhidas e os laudos periciais apresentados nestes autos apontam para a real possibilidade de existência de uma associação criminosa, denominada nos depoimentos dos parlamentares [na comissão parlamentar das ‘fake news’, em curso no Congresso brasileiro] como ‘gabinete do ódio’, dedicada à disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às instituições", afirmou o juiz.
"Todos esses investigados teriam ligação direta ou indiretamente com o aludido ‘gabinete do ódio’", acrescentou Alexandre de Moraes após elencar os suspeitos citados na decisão.
Os empresários Luciano Hang, Edgar Gomes Corona, Otavio Cscar Biachi Júnior e Winston Rodrigues, o presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, o deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia, o ‘blogger’ Allan dos Santos e a ativista Sara Winter estão no rol de suspeitos identificados no inquérito por Moraes.
Os empresários seriam suspeitos de financiar a divulgação de conteúdos falsos e viram o seu sigilo fiscal e bancário levantado. Os outros citados constam na investigação por fazerem de forma constante publicações suspeitas em redes sociais de mensagens contendo graves ofensas e conteúdo de ódio.
O magistrado judicial também pediu o bloqueio das contas nas redes sociais de todos os investigados, como Facebook, Twitter e Instagram, justificando a decisão como necessária "para a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática".
Por fim, o juiz determinou que os deputados federais (membros da câmara baixa do Congresso) Bia Kicis, Carla Zambelli, Daniel Lúcio, Filipe Barros e Luiz Phillipe de Orleans e Bragança prestem depoimento. Estes deputados, que apoiam Jair Bolsonaro, não foram alvo de mandados de busca.
Hoje de manhã, a Polícia Federal brasileira cumpriu 29 mandados de busca e apreensão no âmbito deste processo, nos estados do Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.
Este inquérito, que corre em sigilo, apura a alegada disseminação em massa de notícias falsas, inicialmente contra membros do STF, e foi aberto no ano passado após juízes se terem tornado alvo recorrente de ameaças e ataques.
Juiz que autorizou operação contra aliados de Bolsonaro citou "gabinete do ódio" em decisão
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