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Itália autoriza desembarque de 363 migrantes recolhidos no Mar Mediterrâneo

01 de fevereiro de 2020 às 21:26
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A ONG Open Arms tinha denunciado que Malta havia negado o desembarque dos migrantes por três vezes.

A organização não-governamental (ONG) espanhola Open Arms já recebeu autorização para desembarcar os 363 migrantes recolhidos no Mar Mediterrâneo que tem a bordo, estando a dirigir-se para Pozzallo, na Sicília, indicou este sábado a EFE.

A ONG tinha denunciado hoje que Malta havia negado o desembarque dos migrantes por três vezes e que Itália continuava sem responder ao pedido que também tinha sido dirigido àquele país.

"Apesar de todas as dificuldades e esforços, valeu a pena e 365 vidas foram salvas nesta missão e, amanhã [domingo], 363 já estarão em terra firme, pela primeira vez em muito tempo", escreveu a ONG nas redes sociais.

Na madrugada de sexta-feira, duas pessoas que sofriam de queimaduras graves e fortes dores abdominais já tinham sido transportadas para Itália.

Segundo o Ministério do Interior, a autorização foi concedida depois de ter sido acionado o mecanismo de redistribuição de migrantes nos países europeus disponíveis.

Os 363 migrantes chegaram a bordo do navio humanitário espanhol, o único atualmente a operar em águas do Mediterrâneo, no âmbito de cinco operações de resgate realizadas durante esta semana.

A última operação ocorreu na madrugada de sexta-feira, quando a rede "Alarm Phone" alertou para um barco à deriva.

O navio humanitário espanhol respondeu à chamada e localizou "cerca de 100 pessoas" amontoadas num barco de madeira.

A bordo, já havia outros 282 imigrantes salvos em quatro operações diferentes, incluindo três mulheres e 38 menores não acompanhados e provenientes de países como Sudão do Sul, Gâmbia, Egito, Senegal, Chade, Burkina Faso, Guiné e República Centro-Africana.

O Ministério do Interior italiano informou na terça-feira que este ano já chegaram a Itália 870 migrantes, em comparação aos 155 no mesmo período do ano passado e aos 3.176 em 2018.

Após a saída do Governo italiano do partido Liga - da extrema-direita e que aplicou a política de "portos fechados"-, a formação do novo Governo composto pelo Movimento 5 Estrelas (M5S), pelo Partido Democrata (PD) e outros grupos progressistas, os navios humanitários já podem desembarcar novamente nos portos italianos, graças ao mecanismo de redistribuição de migrantes nos países europeus disponíveis.

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