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Israel avança com demolição de casas palestinianas perto de Jerusalém

"Quero morrer aqui", gritou um homem cuja casa estava a ser demolida. Batalha legal dura há vários anos.

Forças israelitas começaram hoje a demolir dezenas de casas palestinianas num bairro localizado em Jerusalém Oriental, noticiaram agências de notícias internacionais.

Estas demolições põem fim a uma batalha legal de vários anos sobre aqueles edifícios residenciais, que abrangem a cidade e a Cisjordânia.

Para Israel, os edifícios em causa foram construídos ilegalmente, muito perto da barreira de separação da Cisjordânia.

Por seu lado, moradores palestinianos alegaram não terem espaços para construção e que é impossível obter licenças para construir casas legalmente.

As demolições, que começaram rapidamente, já destruíram vários dos mais de 20 apartamentos localizados naqueles edifícios, segundo a agência Associated Press (AP).

"Quero morrer aqui", gritou um homem cuja casa estava a ser demolida, citado pela Agência France-Presse (AFP).

A 18 de junho, as autoridades israelitas informaram alguns residentes do bairro de Sur Baher que iam demolir as residências, dando-lhes então 30 dias para se deixarem o local.

De acordo com a agência da ONU para Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), esta decisão abrangeu dez edifícios, a maioria dos quais ainda em construção.

Cerca de 350 residentes e proprietários serão afetados, de acordo com a OCHA.

A 16 de julho, cerca de 20 diplomatas, representando 20 países predominantemente europeus, visitaram a zona de Jerusalém, onde funcionários palestinianos lhes pediram que impedissem Israel de demolir estas residências.

A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.