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Irão garante que não há alteração da exportação de petróleo

08 de julho de 2018 às 16:10
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As vendas de petróleo são um dos principais requisitos do Irão para permanecer no acordo nuclear de 2015, depois da retirada em Maio passado dos EUA.

O ministro do Petróleo do Irão, Biyan Zangané, assegurou hoje que "não houve alterações significativas" na produção e exportação de petróleo no país, apesar das ameaças dos EUA de travar as vendas do crude iraniano.

O responsável, citado pela televisão estatal, explicou que o Irão já tinha desenhado um plano para contrariar as ameaças do Presidente dos EUA, Donald Trump, e que está a funcionar "com êxito".

"Há uma guerra comercial, [...] nós manteremos os nossos planos", sublinhou o ministro, referindo que o país exportou no mês passado 2,8 milhões de barris de crude e gás condensado por dia.

Na semana passada, o Governo iraniano anunciou que venderá o seu petróleo através da bolsa de valores local, onde o sector privado o poderá comprar "de forma transparente" para depois ser exportado.

Em Maio, o Presidente dos EUA, Donald Trump, abandonou um acordo que suspendia as sanções sobre o Irão em troca de contenções no seu programa nuclear e recomendou aos países que parem de comprar petróleo iraniano a partir de 4 de Novembro ou terão de enfrentar medidas financeiras.

O ministro do Petróleo considerou ainda que os princípios da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), da qual tanto a Arábia Saudita como o Irão são membros fundadores, são claros e referem que a procura deve determinar o preço do petróleo.

"As medidas políticas causam preocupação e fazem subir os preços, nomeadamente a ordem de Trump a alguns membros da OPEP", disse o ministro iraniano.

Na sexta-feira, as cinco potências mundiais que permanecem no acordo - Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha - comprometeram-se a encontrar vias para manter os benefícios que o Irão espera do acordo, incluindo as exportações de petróleo e gás.

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