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Irão garante que não há alteração da exportação de petróleo

As vendas de petróleo são um dos principais requisitos do Irão para permanecer no acordo nuclear de 2015, depois da retirada em Maio passado dos EUA.

O ministro do Petróleo do Irão, Biyan Zangané, assegurou hoje que "não houve alterações significativas" na produção e exportação de petróleo no país, apesar das ameaças dos EUA de travar as vendas do crude iraniano.

O responsável, citado pela televisão estatal, explicou que o Irão já tinha desenhado um plano para contrariar as ameaças do Presidente dos EUA, Donald Trump, e que está a funcionar "com êxito".

"Há uma guerra comercial, [...] nós manteremos os nossos planos", sublinhou o ministro, referindo que o país exportou no mês passado 2,8 milhões de barris de crude e gás condensado por dia.

Na semana passada, o Governo iraniano anunciou que venderá o seu petróleo através da bolsa de valores local, onde o sector privado o poderá comprar "de forma transparente" para depois ser exportado.

Em Maio, o Presidente dos EUA, Donald Trump, abandonou um acordo que suspendia as sanções sobre o Irão em troca de contenções no seu programa nuclear e recomendou aos países que parem de comprar petróleo iraniano a partir de 4 de Novembro ou terão de enfrentar medidas financeiras.

O ministro do Petróleo considerou ainda que os princípios da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), da qual tanto a Arábia Saudita como o Irão são membros fundadores, são claros e referem que a procura deve determinar o preço do petróleo.

"As medidas políticas causam preocupação e fazem subir os preços, nomeadamente a ordem de Trump a alguns membros da OPEP", disse o ministro iraniano.

Na sexta-feira, as cinco potências mundiais que permanecem no acordo - Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha - comprometeram-se a encontrar vias para manter os benefícios que o Irão espera do acordo, incluindo as exportações de petróleo e gás.

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