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Hezbollah vai manter as armas e diz que plano de desarmamento do Líbano só serve a Israel

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Naim Kassen afirmou que o governo deveria utilizar a sua “autoridade” para “expulsar Israel do Líbano".

O líder libanês Hezbollah prometeu esta sexta-feira que o grupo militar não se vai desarmar, contrariando a decisão anunciada na semana passa pelo governo nacional e defendendo que esta só serve os interesses de Israel.

Naim Kassen só aceita discutir as armas quando Israel abandonar o território
Naim Kassen só aceita discutir as armas quando Israel abandonar o território

Naim Kassen considerou a decisão de remover “as armas defensivas da resistência, do seu povo e do Líbano durante uma agressão” vai aumentar o número de mortes dos “combatentes da resistência e das suas famílias” além de aumentar as “expulsões das suas terras e lares”.

O líder do Hezbollah também afirmou que o governo deveria utilizar a sua “autoridade” para e não para afirmar que ia retirar as armas ao grupo até ao final do ano. Num discurso transmitido na televisão Kassen afirmou mesmo que “o governo está a servir o projeto israelita” até porque considera que se a crise vivida atualmente na Líbia se transformar num conflito interno a culpa é do governo uma vez que não pediu aos apoiantes do Hezbollah para saírem às ruas e protestarem contra as declarações do governo.

Ainda assim o líder do movimento membro do Eixo da Resistência, apoiado pelo Irão, garantiu que se decidisse iniciar protestos, os manifestantes “estarão por todo o Líbano e seguirão para e embaixada dos Estados Unidos”. O governo libanês aprovou na semana passado um plano apoiado pelos Estados Unidos para desarmar o Hezbollah até ao final do ano e implementar um cessar-fogo com os Estados Unidos.

A quantidade de armas que o Hezbollah possui tem sido bastante discutida internamente com grupos que se opõem às suas atividades a defenderem que apenas o Estado deve ter permissão para ter armas.

No entanto o grupo militar tem afirmando que só está disponível para discutir uma estratégia de defesa nacional relativa às suas armas a partir do momento em que Israel se retirar do Líbano e interromper os ataques aéreos quase diários que já levaram à morte de dezenas de membros do Hezbollah apesar do em novembro.

“A resistência não entregará as suas armas enquanto a agressão continuar e a ocupação permanecer”, garantiu Kassen.

A guerra entre Israel e o Hezbollah enfraqueceu o grupo libanês na sua liderança militar e política e matou mais de quatro mil pessoas no Líbano, deslocando ainda quase um milhão.

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