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Herdeiro da Samsung não recorre de pena de prisão por subornos

Lusa 25 de janeiro de 2021 às 07:38
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O magnata Lee Jae-yong "aceitou a sentença e não vai recorrer". Foi condenado em 2017 a cinco anos de prisão.

O herdeiro e líder "de facto" da Samsung, Lee Jae-yong, anunciou hoje que não vai recorrer da sentença de dois anos e meio de prisão pelo pagamento de subornos.

REUTERS/Chung Sung-Jun

O advogado do empresário, Lee In-jae, disse aos meios de comunicação social, que o magnata "aceitou a sentença e não vai recorrer", noticiou a agência sul-coreana Yonhap.

Hoje terminava o prazo para recorrer da sentença, anunciada na passada segunda-feira, pelo Alto Tribunal de Seul, por ter dado como provado o pagamento de subornos a uma rede criada pela antiga Presidente sul-coreana Park Geun-hye e a amiga Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina".

Este caso levou à destituição de Park, atualmente a cumprir pena de prisão.

O tribunal considerou como provado que os subornos pretendiam ganhar o favor da administração no âmbito do processo de sucessão no grupo Samsung, depois de Lee Kun-hee, pai de Lee Jae-yong, que morreu em 25 de outubro último, ter sofrido um enfarte em 2014 que o deixou incapacitado até à morte.

O julgamento contra Lee Jae-yong, no âmbito do caso "Rasputina", foi repetido quando a Justiça sul-coreana decidiu apresentar novas acusações.

Lee foi condenado em 2017 a cinco anos de prisão, saiu em liberdade em 2018 quando um tribunal de recurso diminuiu a condenação.

Contudo, em agosto de 2019, o Supremo Tribunal sul-coreano apresentou novas acusações contra o empresário, obrigando à repetição do julgamento.

O herdeiro da Samsung está a ser também julgado, numa outra instância de Seul, num processo por fraude contabilística e manipulação de preços de ações em bolsa, supostamente durante a polémica fusão de duas empresas do grupo em 2015, cujo objetivo era a consolidação da liderança no conglomerado.

Depois de condenado, Lee entrou no Centro de Detenção de Seul, onde devia ficar até julho de 2022, dado que já passou um ano na prisão antes e depois do primeiro julgamento, caso não lhe seja reduzida ou comutada a pena.

Muitos peritos disseram acreditar que a detenção de Lee pode influenciar negativamente os resultados da Samsung relativamente aos planos estratégicos de investimento a longo prazo.

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