Sábado – Pense por si

Há seis portugueses entre os mil cientistas climáticos mais influentes do mundo

Jornal de Negócios 20 de abril de 2021 às 23:24
As mais lidas

A Reuters elaborou um ranking com os mil cientistas climáticos mais proeminentes do mundo.

A agência Reuters publicou hoje uma lista com os principais cientistas do clima a nível mundial. Criou um sistema para identificar e pontuar estes mil académicos, em função da sua influência, e há seis portugueses no ranking.

O primeiro português a surgir na lista é Miguel Bastos Araújo, da Universidade de Évora, que ocupa a 57.ª posição.

Numa entrevista ao Negócios em janeiro de 2019, o biogeógrafo, que venceu o Prémio Pessoa 2018, sublinhava que o interesse pela biodiversidade começa com uma experiência emocional. Nessa altura contou que o seu interesse pela área vinha desde cedo, quando em criança ouvia as histórias do seu avô, que tinha como hobby fotografar a natureza quando viveu em Moçambique. "E depois o meu pai é biólogo. Íamos para o campo ver bichos e trazíamo-los para casa".

Numa outra entrevista ao Negócios, em maio de 2020, Miguel Bastos Araújo falou sobre a covid-19 e sobre a importância da responsabilidade partilhada: "que todos sejamos conscientes de que o comportamento da pandemia também depende das nossas escolhas individuais".

Entre os portugueses que marcam presença neste ranking surge logo a seguir, ocupando o 441.º lugar, Ricardo Machado Trigo, da Universidade de Lisboa.

Seguem-se Rui Rosa (671.º) da Universidade de Lisboa, João Andrade Santos (887.º) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Fausto Miguel Cereja Seixas Freire (929.º) e Amadeu Mortágua Velho Maia Soares (976.º).

Esta série, The Reuters Hot List, conta as histórias dos cientistas que estão a ter maior impacto no debate sobre as alterações climáticas. Dá conta das suas vidas, do seu trabalho e da sua influência sobre outros cientistas, opinião pública, ativistas e líderes políticos, explica a agência.

Para identificar os mil cientistas do clima mais influentes, a Reuters criou a Hot List, que conjuga três rankings: dimensão (trabalhos/ensaios publicados sobre alterações climáticas), rácio de citação (as vezes em que são citados por outros cientistas de ramos de estudo similares, como biologia, química ou física) e atenção (alcance de um trabalho junto da opinião pública, através da sua referenciação na imprensa, redes sociais e outros meios).

Os dados foram fornecidos através da Dimensions, um portal de investigação académica da tecnológica britânica Digital Science.

No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.