Sábado – Pense por si

Grupo Wagner. Imagens de satélite mostram atividade em base militar na Bielorrússia

Luana Augusto com Ana Bela Ferreira 30 de junho de 2023 às 16:17
As mais lidas

Existem hipóteses de que o grupo, que iniciou um motim fracassado na Rússia, possa estar nesse campo militar desatividado. Prigozhin, o líder do grupo de mercenários, está exilado na Bielorrússia.

Uma imagem satélite de uma base militar, localizada a sudeste de Minsk, na capital da Bielorrússia, mostra o que podem ser estruturas criadas nos últimos dias, num campo militar que costumava estar vazio. O que está a levantar suspeitas se não será este o local que vai acolher os militares do grupo Wagner que aqui se quiserem exilar depois do motim fracassado levado na Rússia, no sábado passado.

A base militar que se encontrava desocupada, apresenta filas de estruturas retangulares, semelhantes a tendas. No entanto, a imagem tirada a 27 de junho é de baixa resolução, o que torna difícil a compreensão sobre o que está a ser construído no local.

O que se sabe é que este campo se situa a cerca de 21 km da cidade de Asipovichy, numa zona em que, segundo alguns meios de comunicação social russos, existe a capacidade de acolher os 25 mil mercenários do grupo Wagner.

A carregar o vídeo ...

Este grupo de mercenários protagonizou uma rebelião, entre a noite de sexta-feira e o final do dia de sábado, contra as chefias militares russas. Uma operação que culminou num acordo feito pelo presidente da Bielorrúsia, Alexandr Lukashenko, que ofereceu abrigo ao líder do grupo, Yevgeny Prigozhin, e aos restantes combatentes. Ao que tudo indica é nesse país que Prigozhin se encontra.

Na altura o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o grupo de mercenários tinha três opções: ou se mudavam para a Bielorrússia, ou se juntavam às forças armadas russas ou regressavam a casa.

Desde que Alexandr Lukashenko mencionou a existência de uma base militar abandonada com uma "vedação e com tudo disponível", que se tem especulado sobre este local, localizado perto de Asipovichy. Este campo costumava ser a casa da 465ª Brigada de Mísseis da Bielorrússia, antes destes se terem mudado em 2018.

Artigos Relacionados
Ajuizando

Naufrágio da civilização

"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".