Ministra da Justiça francesa defendeu que existem outras "soluções" ao estabelecimento do estado de emergência. Contudo, o ministro do Interior francês, Christophe Castaner não exclui a medida.
A ministra da Justiça francesa, Nicole Belloubet, defendeu este domingo que existem outras "soluções" ao estabelecimento do estado de emergência em França, medida reclamado por muitos sindicatos e polícias após os tumultos de Paris causados pelos "coletes amarelos".
"Não estou segura de que chegamos a esse ponto e penso que há outras soluções que não a declaração do estado de emergência", afirmou a jurista e governante aos jornalistas num encontro num tribunal superior em Paris.
Contudo, o ministro do Interior francês, Christophe Castaner não exclui a medida, assegurando que não fazer "qualquer tabu" com a questão.
Entretanto, o Presidente francês, Emmanuel Macron, solicitou ao primeiro-ministro, Edouard Philippe, que receba os líderes dos partidos com assento parlamentar e os representantes dos manifestantes, depois dos episódios de violência registados à margem do protesto dos ‘coletes amarelos’.
Segundo informação da Presidência, a iniciativa, cuja data não foi divulgada, responde à "preocupação constante pelo diálogo" do Executivo.
Durante uma reunião de emergência hoje, no Eliseu, o chefe de Estado também notou a necessidade de que uma "reflexão seja conduzida pelo ministro do Interior [Chistophe Castaner] para a adaptação do dispositivo de manutenção da ordem no futuro".
O gabinete de Macron tinha já informado que o Presidente não iria falar hoje publicamente sobre os protestos dos ‘coletes amarelos’, franceses de rendimentos baixos, que se têm concentrado, aos milhares, nas ruas de França para exigir alterações nas políticas.
Depois de violentos desacatos no sábado, nomeadamente em Paris e o registo de vandalismo do Arco do Triunfo, foi marcada uma reunião de emergência para hoje, horas depois do regresso de Macron da cimeira de líderes do G30, em Buenos Aires.
Macron deslocou-se hoje ao Arco do Triunfo e foi vaiado por vários manifestantes.
O monumento que é símbolo emblemático de Paris e da própria França foi pintado, o seu museu saqueado e uma estátua partida, à margem dos protestos.
Os últimos dados sobre sábado indicam que 136 mil pessoas se juntaram à mobilização dos ‘coletes amarelos’ e que houve 263 feridos.
No sábado da semana passada tinham saído às ruas 166 mil pessoas.
Em Paris, 412 pessoas foram interpeladas pelas forças de segurança e 378 detidas, segundo um balanço da polícia local, que registou 133 feridos.
Durante a noite, um condutor motorista morreu em Arles (sudeste de França)) depois de embater num veículo pesado numa fila de trânsito provocada por uma coluna de ‘coletes amarelos’.
Este acidente aumentou para para três o número de mortes relacionadas com os protestos iniciados há três semanas por pessoas que envergam coletes amarelos florescentes.
Governo francês afasta "para já" aplicar estado de emergência
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